O coordenador do Núcleo de Processamento de Alto Desempenho (NPAD/UFRN), Samuel Xavier, foi convidado pelo governo do Reino Unido para a Celebração da Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência que comemorou, nesta terça-feira, 21, o impacto de projetos de pesquisa realizados entre os dois países. De 2016 a 2019, Samuel foi Fellow da Royal Society por ter recebido o prêmio Newton Advanced Fellowship. “Fui o primeiro da UFRN a receber. Depois disso, outros professores também receberam”, comenta.
O evento, realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, contou com a presença de Adam Jackson, diretor do Ministério de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido (DSIT), e da embaixadora britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq. Dois painéis informativos foram realizados com a participação de instituições renomadas do Brasil e do Reino Unido, que compartilharam suas experiências de colaboração. O primeiro teve como tema a Colaboração Brasil-Reino Unido: amplificando o impacto científico e o segundo Impulsionando carreiras através da parceria Brasil-Reino Unido.
Durante a atividade foi lançado o International Science Partnerships Fund (ISPF), um fundo do Governo Britânico para promover pesquisa e inovação. O objetivo do ISPF é centralizar a ciência, a tecnologia, a pesquisa e a inovação nas colaborações internacionais do Reino Unido, permitindo que pesquisadores britânicos colaborem com colegas ao redor do mundo em quatro áreas temáticas principais: Planeta Resiliente, Saúde, Tecnologia e Talentos do Amanhã.
O Brasil é, até agora, o único país da América Latina elegível para o Fundo. O Governo Britânico está disponível para auxiliar pesquisadores e acadêmicos brasileiros a aproveitarem ao máximo essa oportunidade. De acordo com Samuel Xavier, essa é uma oportunidade importante para a UFRN, podendo ter ganhos significativos no campo científico a partir de colaborações dessa natureza.
Segundo Samuel, o prêmio Newton Advanced Fellowship, que também incluiu uma bolsa de pesquisa, permitiu diversas viagens de cooperação técnica entre os dois países, tendo como base as cidades de Bristol, na Inglaterra, e Natal. “O objetivo científico era habilitar o desenvolvimento de softwares mais energeticamente eficientes, pois, mesmo com um hardware eficiente, o software é que controla o que a máquina faz. Dessa maneira, existem muitas oportunidades de se reduzir o consumo de smartphones, laptops, datacenters e outros sistemas de computação apenas otimizando o software”, explica.
De acordo com o pesquisador, essa cooperação e apoio resultou na publicação de diversos artigos em periódicos e conferências, além de formação de recursos humanos com dois alunos de doutorado fazendo um período sanduíche na Universidade de Bristol. “Permitiu, ainda, a compra de equipamentos para a realização de experimentos no laboratório”, completou Samuel Xavier.
Imagem: Samuel Xavier
Fonte: Agecom/UFRN