O mal que nos habita é um terror tenso na medida correta

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Filme argentino dirigido por Damián Ragnar, de nome O Mal que Habita em Nós, traz um terror bem intrigante ao abordar a quebra da regra dentro de uma problemática gerando um mal maior e mais abrangente. O filme é estrelado por Ezequiel Rodrigues como Pedro e Demian Salomon como Jimi, em um mundo completamente estatizado devido a possessão de demônios.

 

A história gira em torno de dois irmão diante de uma descoberta perturbadora, um vizinho infectado pelo demônio em estado de decomposição, que precisa urgentemente ser tratado da maneira correta para não gerar novas infecções. No entanto, algo dentro desse processo acaba dando errado quando outro vizinho decide transportar o corpo para fora da propriedade, dessa forma, os eventos começam a acontecer e escalonar de maneira descontrolada.

É incomum um filme Argentino fazer sucesso fora do mercado doméstico, no entanto, O Mal que Habita em Nós, conseguiu furar a bolha e elevar o patamar de terror a uma nova régua. Isso porque estabelece um universo já adaptado aos personagens da trama. Isso significa que todos sabem sobre o mal e como funciona a infecção até mesmo como tratar os doentes para não transmitirem o mal.

Essa ideia é completamente rica de possibilidades para futuros novos capítulos desse universo, com abordagem de como começou ou como o governo estabeleceu métricas para fazer a sociedade conseguir levar uma vida normal. Ou como são selecionados os profissionais que saem para fazer um trabalho de eliminar o mal sem ele ser transmitido, enfim, são muitas as narrativas pela qual os próximos filmes podem seguir.

Os personagens são simples, os irmãos protagonistas tem seu charme ao ir de encontro a problemática criada a partir de um erro deles mesmo, Pedro e Jimi, são pessoas comuns de passado duvidoso, a trama deixa claro isso durante toda a história. Toda a trajetória deles tentando fugir ou corrigir os erros são ricos de informações necessárias para entender como funciona a dinâmica daquele mundo novo.

Isso é até interessante porque primeiro é colocado como um possuído vai ficando debilitado conforme vai passado o tempo, apodrecendo de dentro para fora, depois, como funciona a dinâmica de remoção e eliminação do infectado, por último vem a informação sobre aquele mundo e como eles fazem para conviver diante de um mal conhecido de todos, e como o governo estabelece protocolos e profissionais habilitados para lidar como toda situação.

No saldo total a pontuação é positiva pela forma simples e bem executada da trama, a história consegue ir devagar sem deixar monótono a narrativa. Assim como, as introduções de personagens novos ao longo da jornada dos personagens principais são feitas de forma bem dinâmica. O filme não está disponível nos streaming por enquanto.

Fonte: O Barquinho Cultural

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