A recuperação da Caatinga é um trabalho lento, mas fundamental. Vítima da ação do homem por séculos, o único bioma do Brasil resiste a sua transformação em um grande e irreversível deserto. No Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN), o projeto de extensão Nativas, realizado com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFRN) tem dado uma grande contribuição no trabalho com o plantio de mudas de árvores nativas em diversos espaços do Seridó potiguar.
Criado em maio de 2023, o projeto já replantou centenas de novas árvores, com uma média de 100 mudas por mês. Segundo Sandra Kelly, coordenadora do projeto e professora do Departamento de Geografia do Ceres (DGC), além do replantio, o Nativas também criou a Trilha da Raposa, que serve como uma experimentação da Caatinga dentro do Ceres. O caminho de 1km é composto por pelo menos 30 espécies arbóreas da Caatinga e por animais locais como raposas, tejus e lagartos.
O projeto é composto por professores e estudantes do Ceres e por voluntários da cidade de Caicó. “Esses membros têm vivenciado oportunidades de formação na área de meio ambiente, preservação da Caatinga e organização comunitária, na medida em que atuam para modificar positivamente o ambiente local”, afirma Sandra. Para fazer parte do projeto, basta comparecer aos encontros realizados a cada duas semanas.
O processo de arborização não se limita ao Ceres. O projeto já iniciou uma ação de plantio no Centro de Atenção Integral à Criança e Adolescente Dinarte Mariz (CAIC Dinarte Mariz), uma escola estadual em Caicó. “O projeto passa a integrar a formação dos alunos com a coleta de sementes, produção e plantio de mudas que serão usadas na própria escola e nas residências dos alunos”, declara a coordenadora. O plano para o futuro é levar o Nativas para ainda mais espaços, como praças públicas.
O projeto Nativas produziu um vídeo sobre as ações realizadas, que pode ser encontrado no Youtube. Para mais informações, acesse o Instagram do grupo.
Imagens: Projeto Nativas
Fonte: Agecom/UFRN