Dia da prevenção à hipertensão – Cardiologista potiguar explica nova recomendação para diagnóstico da doença

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Com a hipertensão atingindo cerca de 30% dos adultos brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a entidade lançou recentemente novas diretrizes sobre o diagnóstico e prevenção da doença, que é crônica. O assunto tem gerado dúvidas entre a população. Para o cardiologista e professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país, Sylton Melo, as mudanças são positivas.

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado nesta sexta-feira (26), o docente explica que as novas recomendações versam sobre a ênfase na precisão e qualidade da medida da pressão arterial do paciente, em consultório e fora dele, visando a confirmação da patologia e um rápido início do tratamento.

“Dentro do que preconiza a SBC, há a proposta de expandir a verificação da pressão arterial em farmácias e espaços públicos, como forma de rastrear pessoas hipertensas, e posterior encaminhamento ao médico, certificação de equipamentos para a verificação pelos órgãos competentes, avaliação e adoção de conduta específica nos casos de hipertensão mascarada e da Síndrome do Avental Branco, para diagnóstico e tratamento adequado”, explica.

Melo acredita que a melhoria no diagnóstico e uma maior autonomia do paciente na chamada automedição, quando bem orientada por um médico, vai contribuir com o tratamento e evitar complicações futuras da doença.

Nessa perspectiva, ele destaca a importância de seguir algumas recomendações durante o processo de medição, tais como: evitar praticar exercícios físicos nas últimas uma hora e meia, abster-se de consumir café nos últimos 30 minutos, esvaziar a bexiga previamente e manter-se em uma posição confortável com as costas apoiadas, pernas descruzadas e pés firmemente apoiados no chão. Além disso, ele ressalta a importância de estar em um ambiente calmo para evitar alterações na pressão, posicionar o braço na altura do coração com a palma da mão virada para cima, posicionar o manguito do aparelho de medição cerca de dois a três centímetros acima da dobra do braço e evitar movimentos bruscos durante a medição.

Para saber qual a quantidade de vezes em que é necessário verificar a pressão arterial, é preciso observar se há algum descontrole, sendo necessária uma verificação diária até o controle. “Já se estiver controlada, basta fazer uma verificação semanal da pressão arterial. Mas é importante destacar que não existe uma determinação específica para a frequência de verificação. Consultar um médico é indicado, em caso de dúvidas”, reforça o professor da UnP/Inspirali.

Acompanhamento médico

Mesmo com o estímulo da SBC da automedição, a visita ao médico cardiologista permanece sendo muito importante, especialmente para quem tem mais de 40 anos. Caso necessário, o médico pode solicitar um acompanhamento específico, por meio de exames como o Monitoração Residencial da Pressão Arterial (MRPA), no qual o paciente faz a verificação com três medidas pela manhã e mais três no final da tarde/início da noite por seis dias.

“Nestes casos, é importante que o paciente ou familiar tenha orientação para fazer estas medidas. Como os aparelhos não são 100% confiáveis, é necessário que sejam enviados para certificação pelo menos uma vez por ano”, explica Melo.

“Pessoas com menos de 40, sem problemas cardíacos, devem fazer avaliação médica a cada dois anos. Já o indivíduo com mais de 40 anos, deve fazer a avaliação pelo menos uma vez por ano. Apesar de a hipertensão ter caráter hereditário, existem outros fatores que influenciam no seu desenvolvimento, como dieta, estresse, sobrepeso ou obesidade”, complementa o médico cardiologista.

Imagem: FreePik

Fonte: Assessoria de Comunicação/UnP

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