Em um esforço para democratizar o acesso à leitura entre as crianças, um grupo de cinco estudantes tem se destacado ao realizar o projeto voluntário chamado ‘Mala Literária’, em Natal.
Lucivânia da Silva, Jucilene Alves, Renata Simões, Maria Karolyne e Shirlei Barbosa são alunas do curso de Pedagogia da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.
Impulsionadas pelo desejo de alcançar lugares periféricos da cidade e espaços abertos à população, o ‘Mala Literária’ nasceu no segundo semestre de 2022, durante o componente curricular Vida & Carreira.
Mesmo com a saída de alguns integrantes, um domingo por mês, as futuras pedagogas estão no Parque das Dunas, zona Leste da capital, compartilhando a paixão pela literatura com o público infantil. Também frequentam praças e escolas, quando convidadas.
“A ideia de levar livros em uma mala itinerante, para que crianças pudessem ter contato com eles, era maravilhosa. Estávamos no final da pandemia e os lugares abertos ainda eram os mais procurados. Fico muito feliz e orgulhosa pelo fato de o projeto continuar ativo”, conta a professora Bárbara Dias Lopes.
Todas as obras são destinadas ao público infantojuvenil. Para manter a tradição viva, conta com doações de livros de outros voluntários. Além disso, complementa as atividades com momentos de pintura e brincadeiras para as crianças.
Protagonismo
Quando criança, Lucivânia da Silva tinha acesso restrito à literatura. “Somente na escola, tinha contato com os livros”, dispara. Agora, aos 38 anos, sente-se realizada ao comentar sobre seu protagonismo no ‘Mala Literária’. “É um trabalho totalmente voluntário, mas eu faço com muito prazer. É muito bom levar a leitura para as crianças. Sabemos que só podemos transformar vidas através da educação”, complementa.
Para Shirlei Miranda, o projeto é uma realização pessoal e a faz “revisitar aquela Shirlei criança, que vasculhava a surrada biblioteca pública de Natal à procura de uma nova viagem literária”. “Desde sempre fui apaixonada por leitura. Foi o meu primeiro contato com o mundo, uma vez que não tínhamos rádio ou TV em nossa casa”, acrescenta.
“Sou muito mais realizada ao ver que o nosso projeto está levando a leitura por vários parques e praças, onde cada pessoa e cada criança estimula a imaginação da leitura e os seus benefícios”, complementa Maria Karolyne. “A cada ação que fazemos, notamos a importância da Mala Literária. Poder levar a literatura para as crianças é gratificante”, comemora Renata Simões.
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