Em meio às diversas obras que a Prefeitura de Natal toca, algumas terão papel crucial no dia a dia dos natalenses. Considerando apenas as 10 mais importantes, o valor investido ultrapassa os R$ 415 milhões. E dessas dez obras principais, duas se destacam por apresentarem grande atraso. No entanto, ao menos quatro, que deveriam ter sido entregues, estão atrasadas. Sendo elas o Complexo Turístico da Redinha e Felizardo Moura.
Em entrevista, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informou que o atraso da obra da Redinha e da Felizardo Moura acontecem principalmente devido a atrasos de repasses de verbas do Governo Federal. “O atraso é devido a Burocracia mesmo, acontece geralmente em obras com contrapartidas da Prefeitura e do Governo Federal. Ambas as obras são dependentes de verbas federais, que algumas vezes têm atraso”, afirmou o órgão por meio de assessoria de comunicação.
A obra realizada no Complexo Turístico da Redinha possui R$ 25 milhões de investimento e previsão de finalização em março deste ano, porém devido a esses empecilhos, a obra passou a ter a previsão de entrega em maio, segundo a assessoria de comunicação. A pasta divulgou que os trabalhos atingiram a marca de 70% de conclusão.
De acordo com a Pasta de infraestrutura, as obras da Avenida Felizardo Moura estão em estágio final. Ainda conforme a Seinfra, agora a região com nova drenagem, pavimentação, calçadas com acessibilidade, ciclovia e a implantação de faixa reversível, garantindo mais fluidez no trânsito e resultando em um aumento de 30% da capacidade da via. O projeto tem investimentos de R$ 43 milhões vindos da Prefeitura do Natal e do Governo Federal.
Em fevereiro, a Seinfra afirmou que a obra tinha 80% de conclusão e em abril alcançou 81%; aumento de apenas 1% em quase dois meses. A previsão que antes era de março deste ano, passou para o mês de junho. A Seinfra ainda afirmou que os empecilhos para a finalização dessas obras estão sendo resolvidos com reuniões entre a Prefeitura de Natal e o Governo Federal, com o intuito de organizar os pagamentos e conseguir seguir com o fluxo de serviços.
Além disso, a secretaria informou que a reforma da Ponte de Igapó está entre os motivos para o atraso da obra. De acordo com a Seinfra, a obra acaba impedindo o trânsito pleno na via, e consequentemente atrasando o tráfego de caminhões que transportam equipamentos para a construção.
Outras obras também estão atrasadas
O projeto Residencial Mãe Luíza, que está sendo construído no final da rua João XXIII, no próprio bairro, contará com 29 unidades de apartamentos destinadas às famílias afetadas pelo desastre ambiental ocorrido no bairro de Mãe Luíza em 2014, tinha previsão para ser concluído em dezembro de 2023, tem 99,99% das obras concluídas. A previsão da Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe) é que o local seja entregue ainda no mês de abril.
De acordo com a assessoria de Comunicação da Seharpe, o atraso de uma obra deste porte é algo esperado. “Às vezes por dificuldades da construtora adquirir material, às vezes durante a execução se verifica a necessidade de ajustes no projeto. Ocorre também de um material comprado não ser entregue no prazo”, disse a assessoria de comunicação da secretaria.
No bairro do Alecrim, o Teatro Sandoval Wanderley, de responsabilidade do Fundo de Incentivo à Cultura da Secretaria Municipal de Cultura (Secult/Funcarte), também tem atraso na reforma. A obra, que tem orçamento estimado em R$ 6 milhões, tinha previsão de ser finalizada em dezembro do ano passado, mas ainda não foi concluída. Até o fechamento desta reportagem, a Funcarte não informou o status da obra e nem a previsão de conclusão.
Imagens: José Aldenir
Fonte: Agora RN