A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) assinou, nesta quarta-feira, 27, termo de cooperação com a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a fim de criar a cátedra Sérgio Vieira de Mello na instituição de ensino. O protocolo de intenções foi firmado durante a cerimônia de abertura da 1ª Conferência Estadual de Migração, Refúgio e Apatridia do RN (Comigrar), que acontece na Escola de Governo do Estado, onde setor público, academia e sociedade civil participam de discussões e reflexões acerca das experiências e desafios enfrentados por pessoas migrantes, refugiadas e apátridas.
O Rio Grande do Norte será o segundo estado do Nordeste a implantar a cátedra Sérgio Vieira de Mello, por meio de ação conjunta com o Governo do Estado, a UFRN, o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX), a Universidade do Estado do RN (Uern) e o Instituto Federal do RN (IFRN). A UFRN atuará, em especial, na promoção do direito dos refugiados que se encontram sob a proteção do governo brasileiro. Para tanto, serão desenvolvidas ações de ensino, pesquisa e extensão que incorporem a temática na agenda acadêmica da instituição, com prioridade ao trabalho direto junto às pessoas refugiadas e sua inclusão na vida acadêmica.
A cátedra Sérgio Vieira de Mello é implementada pela Acnur desde 2003, em cooperação com centros universitários nacionais, para garantir que pessoas refugiadas tenham acesso a direitos e serviços no Brasil. De acordo com Davide Torzilli, as quatro instituições potiguares se juntam a outras 42 universidades brasileiras e 12 ao redor do mundo que constituem a rede.
A abertura da Conferência Estadual também contou com a assinatura da lei de criação da comenda Hanna Yousef Emile Safieh, que durante o evento já foi entregue aos primeiros homenageados. A honraria, oferecida pelo Comitê Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes (Ceram-RN), foi concedida aos professores da UFRN Ângela Maria Paiva Cruz, Thiago Oliveira Moreira, Ângela Facundo, Marco Bruno Clementino e Marcos Guerra.
Imagens: Marina Gadelha e Carmem Félix
Fonte: Agecom/UFRN