Fuga do presídio de Mossoró completa uma semana; veja o que aconteceu até agora

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As buscas pelos criminosos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró completaram uma semana nesta quarta (21). A fuga de Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, é a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006.

De lá pra cá, o número de agentes das forças de segurança atuando nas buscas chegou a 500. Também foram anunciadas várias medidas pelo governo federal, como o afastamento da direção do presídio.

Os criminosos foram vistos pela última vez na sexta-feira (16). Durante a fuga, eles chegaram a invadir duas casas. Os policiais já encontraram algumas pistas no raio de 15 quilômetros da penitenciária.

Nesta quarta, a Força Nacional passou a atuar na força-tarefa das buscas, após autorização do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O pedido para o envio das equipes partiu do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues e a medida teve a concordância da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.

Veja abaixo quatro medidas tomadas pelas autoridades após a fuga de Mossoró:

  1. Reforço nas buscas
  2. Ações no presídio e novos protocolos
  3. Duas áreas de investigações
  4. Pistas dos fugitivos

1. Reforço nas buscas

  • Forças de segurança do Rio Grande do Norte e equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas no dia da fuga para monitorar as rodovias em busca dos fugitivos.
  • A Polícia Militar do Ceará intensificou a segurança na região de divisa com o Rio Grande do Norte desde quinta-feira (15). Frentes de buscas foram concentradas na terça (20), na comunidade de Juremal, em Baraúna.
  • Um grupo da unidade de elite da Polícia Federal foi enviado para ajudar nas buscas na sexta-feira (16), a pedido do Ministério da Justiça.
  • O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou no domingo (18) que ao menos 500 agentes de segurança de diversas forças policiais atuavam na captura dos fugitivos.
  • Pelo menos 4 helicópteros são usados nas buscas. Drones (com equipamentos termais) e 7 cães farejadores também auxiliam nos trabalhos.
  • No sexto dia de buscas, o ministro da Justiça autorizou uso da Força Nacional. O comboio conta com 22 viaturas, um caminhão e 100 agentes.
  • Mata fechada, grutas, animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, forte insolação, calor e a época de chuva na região são alguns dos empecilhos enfrentados pelos agentes envolvidos na ação de recaptura.

2. Ações no presídio e novos protocolos

  • O então diretor da Penitenciária Federal de Mossoró foi afastado e um interventor foi nomeado para comandar a unidade.
  • O ministro da Justiça determinou a revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país.
  • O Ministério da Justiça suspendeu o banho de sol e as visitas sociais nas cinco penitenciárias federais do país.

3. Investigações

  • Polícia Federal: uma investigação da PF irá apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal de pessoas que podem ter facilitado a fuga dos presos, que são ligados à facção criminosa Comando Vermelho.
  • Processo administrativo: a investigação para apurar as responsabilidades da fuga podem levar a um processo administrativo.
  • O titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, foi até Mossoró para acompanhar o caso. Na terça, ele foi até a penitenciária para verificar as condições e conferir como estão sendo realizadosos reforços na estrutura das luminárias das celas, as limpezas dos canteiros de obras e os reparos das câmeras com defeitos.
  • A corregedora do sistema prisional federal Marlene da Rosa segue conduzindo a investigação interna no presídio.
  • Perícias: são realizadas no presídio e nas buscas para identificar como presos conseguiram fugir.
  • Interpol: os nomes e as fotos dos fugitivos foram incluídos na lista de difusão vermelha (para criminosos procurados internacionalmente).

4. Pistas dos fugitivos

  • Rastros: os fugitivos arrombaram uma casa localizada a 7 km do presídio e furtaram roupas e comida, nomesmo dia da fuga. A polícia foi acionada ao local e recolheu vestígios e possíveis pistas.
  • Casas invadidas: durante as buscas, os policiais encontraram uma camiseta de uniforme de presidiário, na sexta-feira (16). Durante a noite, os fugitivos invadiram uma casa a aproximadamente 3 km do presídio, fizeram a família refém, jantaram, pediram para acessar redes sociais e roubaram celulares.
  • Último sinal dos celulares roubados: as investigações apontaram que o último sinal obtido dos celulares roubados pelos fugitivos foi no sábado (17), em uma área rural perto da divisa com o Ceará. A suspeita é de que os equipamentos tenham ficado sem bateria.

Imagens: Reprodução

Fonte: G1 RN

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