O Janeiro Branco é uma campanha dedicada à conscientização e promoção da saúde mental, que discute sobre os impactos do estigma associado às doenças mentais. Segundo Ana Izabel Oliveira, psicóloga e professora da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, não é suficiente se ater apenas a este mês.
“Essa discussão precisa ser fomentada durante o ano todo e não somente nos meses alusivos à discussões sobre saúde mental, como é o caso do setembro amarelo. O estigma em torno das doenças mentais muitas vezes impede que as pessoas procurem ajuda quando necessário, contribuindo para o sofrimento silencioso e o isolamento social”, alerta a docente.
A especialista ainda explica que as campanhas de promoção à saúde mental têm um papel importante, pois visam quebrar essas barreiras, incentivando a população a reconhecer a relevância da saúde mental e a compreender que o enfrentamento de desafios é uma parte da experiência humana.
“Ao abrir o diálogo sobre saúde mental, a campanha busca sensibilizar as pessoas para a importância de procurar apoio profissional. Os profissionais de psicologia desempenham um papel crucial nesse processo, proporcionando um espaço seguro para a expressão das emoções e modos de ser, o entendimento dos desafios e o desenvolvimento de estratégias para lidar com eles”, explica Oliveira.
Bem-estar coletivo
Indo além do senso comum, que entende que a responsabilidade da promoção de saúde mental é só de psicólogos e médicos, Ana lembra a necessidade de ter ambientes sociais mais inclusivos e compreensivos, onde a empatia substitua o julgamento.
“A educação sobre saúde mental e a disseminação de informações precisas contribuem para a criação de uma cultura mais saudável em relação aos sofrimentos psíquicos, reduzindo o estigma e encorajando a procura por tratamento”, reforça.
A especialista acredita que as reflexões sobre saúde mental devem atravessar todo o ano, pois são oportunidades valiosas para promover a conscientização, reduzir o preconceito associado às doenças mentais e incentivar a construção de uma sociedade mais solidária e compreensiva em relação à saúde mental.
“Este é um passo importante para que as pessoas se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e buscar o apoio necessário, fortalecendo o bem-estar psicológico individual e coletivo”, finaliza a psicóloga.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/UnP