Estudar no hospital pode não parecer algo possível, entretanto, desde 2002, a educação hospitalar conta com o serviço de atendimento educacional hospitalar e domiciliar (AEHD), que visa “assegurar o acompanhamento pedagógico educacional no ambiente hospitalar e domiciliar, com principal objetivo de garantir a continuidade do processo de desenvolvimento escolar das crianças e adolescentes no ensino regular” afastados da escola por tempo prolongado, para tratamento de saúde.
O estudante com câncer é afastado da sua rotina convencional (família, escola e sociedade) e passa a participar da rotina técnica e dinâmica do hospital. Além disso, precisa lidar com mudanças na forma física (queda de cabelo, perca de peso) e psicológica. Com isso, se faz necessário reorganizar e adaptar a rotina escolar, durante o tratamento, para que ele possa ser inserido e ressignifique suas atividades cotidianas.
A Casa Durval Paiva dispõe do serviço educacional hospitalar e domiciliar para crianças e adolescentes com câncer, assistidos pela instituição, estudantes da educação básica. O serviço é assessorado pelo Núcleo de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar do Estado (NAEHD), com aulas mediadas por professores da rede estadual de ensino.
Para atender a demanda de estudantes, que chegam para o tratamento em Natal/RN, advindo de outros Estados (BA, PI, PA, PB), se faz necessário uma articulação em rede com as escolas públicas do município de origem desses estudantes. Assim, mesmo que os estados, onde eles residem, não possuam uma legislação municipal ou estadual legitimando o serviço de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar – AEHD, os estudantes são amparados pela legislação nacional, através das Diretrizes para Educação Especial na Educação Básica (CNE/BEB,2001), em seu artigo 13, onde diz que “a classe hospitalar tem caráter obrigatório”, a partir de 2002.
Assim, o principal objetivo das ações desenvolvidas pelo setor educacional da Casa Durval Paiva, é contribuir para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos estudantes, minimizando as perdas educacionais, ocasionadas pelas dificuldades de acesso à escola ou pelo afastamento escolar, em função do tratamento. Com isso, evitando a evasão escolar, garantindo a inclusão no processo educacional, durante o tratamento, e a reinserção social do aluno, após a alta médica, com qualidade de vida.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP