UFRN: IEN e Coespe realizam Colônia de Férias para Idosos

“Já estou com saudades das experiências que pude vivenciar durante este período. Quando tiver uma próxima edição da Colônia de Férias, com certeza irei participar novamente”. O depoimento é da contadora Jaice Sotero, de 71 anos, que foi uma das alunas da Colônia de Férias para Idosos ofertada pela UFRN, realizada pelo Instituto Envelhecer (IEN) e pelo Complexo de Esportes e Eventos da UFRN (Coespe), nos dias 18, 20 e 22 de dezembro. Durante a ação, os participantes puderam participar de exercícios de alongamento, yoga e pilates.

Erina Batista, 65 anos, professora aposentada, relata que começou a praticar exercícios físicos há pouco tempo e também se inscreveu para fazer parte da Colônia de Férias. “Estou gostando bastante e está sendo tudo muito novo para mim. Como eu avisei aos instrutores, eu sempre fui uma pessoa muito parada, então agora é que eu estou me exercitando. Estou praticando deep running e aproveitei mais essa oportunidade para me exercitar”, disse.

Atividade também permitiu uma nova experiência para os estudantes do curso de Educação Física, que atuaram como instrutores. Foto: Ester Tavares – Agecom/UFRN

Erina ainda afirma que participar da Colônia de Férias foi muito importante, não só para ela, mas para outros idosos também. “Eu já sentia a necessidade e tive incentivo de outras pessoas para frequentar as atividades”, destaca. Segundo ela, acabou até chamando outras duas pessoas para irem para a Colônia de Férias, mas elas já tinham outros compromissos.

Além dos idosos, a atividade também permitiu uma nova experiência para os estudantes do curso de Educação Física, que atuaram como instrutores. “Todo mundo está dizendo que o exercício físico é o melhor psicólogo, porque a gente desenvolve algumas substâncias nos músculos que nos deixam alegres e felizes”, reforça Sônia Maria Taciane, 62 anos, discente de Educação Física, sobre a importância da prática de atividades por pessoas de idade avançada.

“Além de que, também está comprovado que existe uma doença chamada sarcopenia, que é a perda muscular natural. Assim como a água escorre do nosso corpo, os nossos músculos fazem o mesmo. À medida que o nosso corpo vai envelhecendo, se a gente não fizer atividade física, ficamos apenas com células adiposas, ou seja, gordura”, complementa Sônia.

Jonatas Elber, 24 anos, estudante do primeiro período de Educação Física, relata sua experiência com esse trabalho. “É uma experiência muito boa e muito nova, porque eu já trabalhei com crianças, e com elas é uma realidade totalmente diferente do que trabalhar com idosos”, pontua. Segundo ele, com a criança é possível elaborar qualquer atividade que elas vão levar na brincadeira, mas com idosos não. Com eles tem que se pensar sempre nos fatores cognitivos e motores. “Além disso, é necessário estar sempre atento e mostrar para eles que a atividade física vai ajudar a evitar quedas, que é uma prevenção”, acrescenta.

Jonatas coloca ainda que, no trabalho com idosos, é preciso mostrar que a idade avançada não significa que eles não podem se relacionar com as pessoas, trabalhar o desenvolvimento psicomotor e o psicossocial, além de proporcionar a possibilidade de terem outras experiências. “A gente tem uma cultura de que, quando a gente envelhece, a vida acaba. Esse projeto é para mostrar que a vida não acaba, ela tem uma nova página”, finaliza Jonatas.

A diretora do Instituto do Envelhecer (IEN), Tamires Carneiro, destaca a relevância da ação intersetorial de extensão para pessoas idosas com a organização de momento com dinâmicas educativas, que fez parte da programação da Colônia de Férias para Idosos, projeto coordenado pelo Coespe e o Departamento de Educação Física (DEF).

“Entre as atividades, contamos com um jogo de tarô sobre o uso seguro de mídias sociais, bingo sobre o uso racional de medicamentos e cuidados com animais peçonhentos e caça-palavras com orientações sobre cuidados com a saúde bucal”, salienta. Para ela, “todas as ações foram envolvidas por diálogos prazerosos, nos quais se incentivou a troca de saberes e valorização do protagonismo da pessoa idosa”.

Imagens: Wendy Oliveira e Ester Tavares

Fonte: Agecom/UFRN 

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