O professor Carlos Alberto Martínez Huitle, do Instituto de Química (IQ/UFRN), recebeu, em Londres, o título de Fellow da Royal Society of Chemistry (FRSC), no dia 6 de dezembro. O título foi concedido em reconhecimento à sua atuação como pesquisador e por contribuições nas áreas relacionadas à química e à formação de recursos humanos.
A Royal Society of Chemistry (RSC), instituição do Reino Unido, concede o título de fellow aos associados que tenham feito contribuições notáveis para o avanço da química. A professora da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) Elisama Vieira dos Santos explica que os candidatos passam por um processo de seleção, no qual realizações e contribuições para a química são avaliadas por um comitê especializado. “A concessão do título de Fellow é baseada em mérito e é um reconhecimento da excelência em química e do impacto do trabalho do indivíduo”, reitera.
“Esse título confirma o compromisso do cientista com o desenvolvimento da ciência de alta qualidade e sobre o impacto fundamental e tecnológico nas áreas da química. Após o recebimento deste título, o pesquisador poderá assinar utilizando as letras FRSC após seu último sobrenome”, relata.
O professor Carlos Huitle explica que, ao receber o título de fellow, tem acesso à base de dados, a informações e a publicações que são fechadas para o público em geral. “Na RSC, há uma plataforma de reuniões nas quais vários comitês estão trocando informações, inclusive com comunidades específicas relacionadas a temas científicos. Então, você tem acesso a inúmeras informações científicas valiosas”, conta.
“O título Fellow outorgado pela RSC representa uma honra para mim, requer compromisso, responsabilidade e sustentabilidade para com os alunos, a pesquisa e a química. Receber esse título indica que eu passei a integrar o grupo seleto de quase 1.700 fellows da RSC, dos quais 5% são detentores do Prêmio Nobel. Isso me faz sentir um cientista privilegiado”, destaca.
Carlos Huitle avalia que a conquista é um incentivo para trabalhar, visando a consolidar as bases de uma ciência melhor, diversa, colaborativa e sustentável. “Esse título é a consequência de um trabalho coletivo com orientandos, colaboradores e colegas de pesquisa e projetos científicos. Também é um indicador positivo de qualidade científica, produtividade, de impacto internacional e de formação de recursos humanos”, explica.
Sobre o professor
Carlos Alberto Martínez Huitle é um dos líderes do Laboratório de Eletroquímica Ambiental e Aplicada e um dos coordenadores do Grupo de Energias Renováveis e Sustentabilidade Ambiental do Instituto de Química da UFRN. Ele tem trabalhos em destaque nas áreas de processos de oxidação eletroquímica avançada para tratamento e desinfecção de águas, materiais eletrocatalíticos, eletrocatálise, fotoeletrocatálise, síntese eletroorgânica e de oxidantes.
O professor já realizou 320 publicações em jornais internacionais indexados. Além disso, Huitle integrou listas da edição de 2023 da Universidade de Stanford, Estados Unidos, e do portal de ciências Research.com, que classificam os cientistas mais citados e os melhores cientistas na área de química. “O que torna ele um dos cientistas mais influentes do mundo na área de química”, conta Elisama Santos.
Imagem: Carsten Siering
Fonte: Agecom/UFRN