Os pacientes com diagnóstico de tumor ósseo têm a cirurgia como uma das possibilidades de tratamento, para a retirada total do tumor. Em alguns casos, essa pode ser acompanhada da retirada total ou parcial do membro. Dessa forma, o paciente ficará amputado.
A reabilitação do paciente inicia logo após o diagnóstico, com medidas preventivas de quedas e lesão adicional, como fratura. Nessa fase, realizamos o treino de marcha com dispositivo auxiliar (muletas, andador) ou cadeira de rodas. É realizado, também, o fortalecimento do membro não acometido e a mobilidade das articulações deve ser mantida ou melhorada, em caso de encurtamento muscular.
Após a cirurgia de amputação, devemos orientar o paciente, com relação aos cuidados com o coto (parte remanescente do membro). Ele deve evitar posturas inadequadas e realizar a dessensibilização (estímulos de várias sensações que ajudam a evitar dor intensa). Após a cicatrização, o coto deve ser enfaixado com faixa elástica para estimular a circulação sanguínea e o metabolismo, a fim de evitar ou eliminar edemas e preparar o coto para receber a prótese. A progressão da reabilitação deve acontecer com exercícios de mobilidade, fortalecimento e equilíbrio.
Vários pacientes desejam voltar a andar com uso de prótese (dispositivo que substitui o membro) e é muito importante que ele seja familiarizado com informações sobre tipos de próteses e seus componentes. O fisioterapeuta tem um papel importante no estímulo para aquisição, treino e uso adequado, de forma segura e independente. A expectativa de que é só encaixar, ficar em pé e andar é bem diferente da realidade.
Inicialmente, o paciente usa uma prótese provisória, até que os ajustes necessários sejam realizados e ele tenha uma prótese definitiva. O treino de marcha com prótese deve incluir treino de equilíbrio em pé, parado, em vários tipos de superfícies, sentar e levantar, e, também, andando em várias direções, além de subir e descer escadas e rampas.
O tempo para se adaptar e usar a prótese de forma adequada varia de paciente para paciente, já que fatores individuais, como o nível de amputação e características pessoais devem ser levados em consideração. Porém, é fundamental ter vontade de querer se adaptar. Entender que esse processo será difícil e que leva algum tempo é importantíssimo. É primordial que o atendimento para o paciente amputado seja multidisciplinar, com atendimento psicoterapêutico para lidar com as novas demandas.
Proporcionar adaptação à nova realidade, independência, bem estar e qualidade de vida também estão nos objetivos da reabilitação, que devem ser traçados de acordo com o que faz sentido para o paciente.
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Fonte: assessoria de Comunicação/CDP