Com macas retidas em hospital público lotado, Samu fica sem ambulâncias disponíveis para atender chamados em Natal

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficou sem ambulâncias para anteder chamados de emergência, durante a manhã desta segunda-feira (7), em Natal, segundo o coordenador de enfermagem do orgão, Jarbas Morais.

O motivo é que 15 macas ficaram retidas no Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste de Natal, no início da manhã.

O maior hospital público do Rio Grande do Norte está lotado e, com a chegada dos pacientes do Samu, as macas das ambulâncias ficaram retidas com eles, na unidade.

“Hoje pela manhã tínhamos 15 macas presas, no momento temos 14, conseguimos recuperar uma. Agora nós não temos uma viatura para atender a população. Nós temos duas viaturas de suporte avançado, para casos mais graves. Mas as viaturas de suporte básico, não temos nenhuma e, no momento, temos na tela 10 ocorrências aguardando atendimento”, afirmou o coordenador, por volta das 9h.

O Samu da capital tem 12 ambulâncias, sendo 9 de suporte básico e três de suporte avançado. As de suporte avançado só saem para casos extremos.

Por volta das 10h, o direção do hospital informou que estava em reunião sobre o assunto e que o plantão administrativo estava liberando as macas.

Já a Secretaria de Saúde Pública informou por meio de sua assessoria que a pasta está trabalhando para cumprir a decisão da Justiça, que determinou que a pasta esvaziasse os corredores da unidade de saúde.

No sistema do Tribunal de Justiça conta que o foi decorrido o prazo de 72 horas dado à Secretária Estadual de Saúde neste domingo (6), às 11h.

Ação

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) acionou a Justiça no dia 26 de julho com um requerimento de cumprimento de sentença em que pedia que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) adotasse imediatamente medidas para esvaziar os corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.

No dia 11 de julho, o MP havia acionado a Sesap, em audiência extrajudicial, para resolver o problema de superlotação no hospital, dando um prazo de 15 dias para a solução. Caso não houvesse solução, o caso seria judicializado.

Segundo o MP, a o objetivo da ação era “restaurar o respeito à dignidade humana dos pacientes atualmente internados em macas nos corredores do hospital”.

“Sendo pública e notória a situação atual do Hospital Walfredo Gurgel, bem como diante da infrutífera tentativa de resolução administrativa intentada pelo Ministério Público e, considerando que há acordo entabulado nos autos, subscrito pela pasta em questão, há de ser determinado, in casu, a intimação pessoal da Secretária Estadual de Saúde, via mandado, para que esclareça a este juízo no prazo de 72 horas, a situação do Hospital Walfredo Gurgel, em face das providências acordadas (…) devendo desde já adotar as medidas necessárias ao seu cumprimento”, determinou o juiz Artur Cortez Bonifácio no dia 1º de julho.

Imagem: Reprodução

Fonte: G1 RN

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