O Núcleo de Processamento de Alto Desempenho (NPAD/UFRN), responsável por administrar o supercomputador da UFRN, se mostra como uma ferramenta essencial para a universidade devido ao crescente uso de computação de ponta em pesquisas científicas. Durante o último ano, o Núcleo apresentou um aumento significativo na produção de estudos que usaram a máquina. O número de publicações vem aumentando a cada ano. Em 2017, no início das operações, foram publicadas seis, enquanto em 2022 foram 37, representando um aumento de mais de seis vezes.
Com o propósito de agilizar a realização de pesquisas, o supercomputador disponibiliza recursos computacionais de alto desempenho que aceleram simulações e processamento de dados massivos para projetos de pesquisadores da universidade e seus colaboradores. A comunidade atendida pela ferramenta já soma mais de 600 pesquisadores entre professores, alunos e membros de instituições externas. Na UFRN, são mais de 100 docentes dos mais diversos centros acadêmicos utilizando os recursos dos 128 nós computacionais instalados no Núcleo.
Com a adição recente de novas máquinas, o supercomputador multiplica por cinco seu poder de processamento, chegando à soma de 43 Terabytes de memória RAM e mais de 10 mil núcleos de processamento, o equivalente a cerca de 5 mil computadores pessoais combinados. “Isso significa que problemas bem maiores poderão ser resolvidos em muito menos tempo”, explica o professor Samuel Xavier, coordenador do NPAD. “Por causa dos avanços tecnológicos embutidos nessas novas máquinas, toda essa capacidade de processamento adicional não deve consumir muito mais energia que as máquinas antigas, tornando esse novo supercomputador mais sustentável”, complementa.
Os novos dispositivos devem entrar em ação já no segundo semestre de 2023. Para os pesquisadores, a eficiência do supercomputador da UFRN deve ser cinco vezes mais potente. Segundo Danilo Ichihara, consultor em Computação de Alto Desempenho do NPAD, essa nova infraestrutura possibilita mais pesquisas em grande escala. “É uma versão superior com mais memória e um novo nó com três aceleradores dispondo aos estudiosos melhorias nos seus projetos”, explica.
Em virtude do aumento exponencial do número de estudos apoiados pelo NPAD, sua produção científica acaba sendo, em termos proporcionais, superior a do supercomputador Santos Dumont do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) que tem capacidade de processamento de 5,1 quatrilhões de operações por segundo (5,1 Petaflops), o que equivale a mais de 10 milhões de notebooks domésticos. Mesmo com poder computacional menor (1,1 Petaflops, com as atualizações), o supercomputador da UFRN produz estudos de ponta e revoluciona as pesquisas científicas no estado e na região.
No primeiro semestre de 2023, o NPAD já apoiou a publicação de sete pesquisas em diversas áreas, dentre elas: física, biologia, ciências sociais e engenharias. Com a capacidade computacional do Núcleo, pesquisadores puderam desenvolver ferramentas que classificam imunoterapias, criar novas inteligências artificiais e até analisar dados de consumo de alimentos. Muitos desses estudos são publicados em periódicos científicos de alto impacto e trazem grandes revoluções em suas respectivas áreas.
Fonte: Agecom/UFRN