A jornalista e escritora Vivian Gornick, faz um autorretrato de uma visão ampla e observadora de mulheres independentes, sozinhas e autorais, que vivem a vida para acompanhar as nuances de uma megalópole, que está em constantes mundanças, em um fascinante e comovente ritmo envolto de encontros casuais e amizades diferenciadas.
Em seu livro Uma mulher singular, ela retrata em uma sequência natural e visceral situações rotineiras das quais ela prestou a escrever habitualmente, como amizade, casamento, moradas e momentos que divagam a vida de uma escritora que mora sozinha em Nova Iorque e descobre os orgasmo mais inerentes que a deixam em êxtase, ainda que, não se trata exatamente sobre sexo.
Em uma obra que relata afeições, distintas situações recorrentes de lutas e fracassos, na balança equilibrista da vida, das dores do amor, as incoerências do trabalho, a ânsia por independência de uma mulher de concepções fortes e autênticas, dialogango com seu amigo gay Leonard, sobre as andanças em resgate ao própria autonimia, desbravando o calor do intelecto desenhado com plena precisão e eloquência a cada página resgatada sobre uma mulher feminista, moderna, energética e animada, para envolver e mergulhar nas inspirações combinadas ao flâneur da literatura e a evolução categórica de ser singular.
O livro chegou no Brasil em maio de 2023, pela editora Todavia, e tem como premissa não apenas fazer uma autoretrtato da autora, mas também envolver o leitor entre as anedotas pessoais, com os pensamentos mais intrísencos, de uma mulher sozinha e observadora, que usa de sua solidão para desenvolver seu intelecto satisfatório mediante a um mundo hostil em relação a autoridade e luta feminina.
Vivian Gornick nasceu no Bronx, em Nova Iorque em 14 de junho de 1935, formada em artes no City College of New York, com mestrado pela New York University. Além de escritora, ela é jornalista, ensaista e memoralista, e ainda é uma assídua e radical feminista crítica, junto ao grupo New York Radical Feminists.
O seu primeiro livro foi lançado em 1971, Woman in Sexist Society: Studies in Power and Powerlessness, sempre enaltecendo o poder feminino diante a sociedade sexista e patriarcal, e a vivência pela cidade de Nova Iorque.
Uma representante insigne e intensa do feminismo, que apenas ganhou notoriedade, após a repercussão do movimento feminista contra o assédio e a agressão sexual #MeToo, quando redescobriram Vivian pelo livro Afetos ferozes, consequentemente essa efervescência lhe rendeu em 2021 o Windham–Campbell Literature Prize ana categoria de não-ficção.