Projeto da UFRN monitora presença de íon nitrito em lagoas de Natal

O Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (Dact), do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRN, desenvolve, desde 2020, o projeto de extensão Monitoramento de íons nitrito em águas de lagoas da região metropolitana de Natal/RN, que tem como objetivo analisar amostras da água de lagoas da cidade e arredores. Mais informações sobre o tema podem ser encontradas na página do projeto no Instagram.

Segundo a professora Aline Schwarz, coordenadora do projeto, a equipe de alunos participantes monitora a presença do íon nitrito, um composto químico tóxico, nas lagoas da grande Natal.  “As ações de monitoramento estão bem estabelecidas para as águas captadas dos oito sistemas destinados para consumo da população urbana. Entretanto, existem lacunas no monitoramento do íon nitrito na qualidade de água”, sugere a docente.

Participantes coletam amostras de água para monitoramento. Foto: Larissa Gomes Cândido da Silva

A Organização Mundial de Saúde (OMS) delimita a concentração máxima do componente como 1 miligrama por litro na água destinada ao consumo humano. Nas análises feitas pelo projeto de extensão, as amostras estavam abaixo do limite, mas houve oscilações que sugeriram contaminação recente. Aline diz que o despejo doméstico é uma grande causa da presença do nitrito na água e que a identificação do composto é indicativo não somente de que a lagoa esteja ou não própria para banho, como também da qualidade do saneamento básico na área estudada.

A página do projeto apresenta os resultados obtidos durante os monitoramentos, além de mostrar comparações entre os dados obtidos em cada período e instruções de como colaborar para a preservação desses corpos d’água, além de informações educativas sobre o íon nitrito.

A professora destaca a participação de cinco alunos que fizeram seus trabalhos de conclusão de curso (TCC) utilizando dados do projeto: Gerson França da Costa, Vanessa Souza de Araújo, Tayse Maria Bandeira da Silva, Ana Valéria Ribeiro de Azevedo Varela e Lucas Bandeira dos Santos. Ademais, os resultados da extensão foram apresentados em congressos quatro vezes entre os anos de 2020 e 2022.

O projeto conscientiza populações locais sobre o nitrito. Foto: Victoria Hannah Braga Matias

As lagoas monitoradas pelo projeto são: Alcaçuz, Arituba, Boa Água, Bonfim, Cachoeirinha, Carcará, Extremoz, Jacumã, Jiqui, Muriú e Pitangui. As vagas para a extensão já estão preenchidas, mas a professora Aline tem planos de renovar o projeto todo ano.

Fonte: Agecom/UFRN

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