A importância da comunicação no acolhimento social

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Comunicação, quer dizer ato de se comunicar, transmitir uma mensagem, troca de informações. O ato de comunicar requer atenção e sensibilidade na hora de passar a informação. Entretanto, é necessário também saber ouvir e entender as perguntas que, muitas vezes, não são bem elaboradas, pois, uma comunicação truncada dificulta a compreensão dos indivíduos, principalmente, quando envolve questões de saúde e de vida.

Existem assuntos que são difíceis de serem discutidos, informados e comunicados, o câncer é um deles. Não é fácil você ouvir um diagnóstico de câncer, assim como, não é fácil comunicar tal notícia. Na maioria das vezes, o médico é o responsável por essa comunicação, porque é ele quem consegue ler os exames e falar com detalhes de informações como diagnóstico, tratamento e efeitos.

Porém, muitas vezes, a primeira notícia é tão impactante, que as demais informações não são absorvidas pelas famílias e a comunicação nesse momento é quebrada, pois o comunicador passa a informação. Entretanto, o receptor não conseguiu captar a informação e, a partir disso, é gerada uma questão delicada, pois a comunicação efetivamente não foi realizada.

Muitas vezes, no acolhimento social, apreendemos que a família não entendeu ou, até mesmo, entendeu, mas não assimilou ou não quer aceitar que seu ente querido está com câncer. Nesse momento, a escuta qualificada e comunicação assertiva são primordiais para um acolhimento humanizado.

Na Casa Durval Paiva, em diversos momentos, recebemos mães, e/ou acompanhantes que perguntam claramente: “meu filho tem câncer?”. A primeira coisa que perguntamos é o que o médico falou, o que foi explicado, comunicado. Pois, ele é a pessoa mais apropriada para falar sobre o diagnóstico e o tratamento. Nesse momento, é primordial acolher o questionamento e buscar meios para o fortalecimento da comunicação entre paciente, familiares e equipe médica.

Enquanto assistentes sociais precisamos mediar, acolher e, muitas vezes, traduzir um pouco da realidade, singularidade e particularidade de cada paciente. Nosso público é diverso, lidamos com pessoas que vivenciam as mais diversas situações de vulnerabilidade social, tais como: analfabetismo, atraso cognitivo, dentre outras, que necessitam que de um olhar e de uma comunicação diferenciada, para que se façam entender, principalmente, quando o assunto é a saúde de seu filho ou ente querido.

Nesse contexto, a comunicação é primordial, trata-se de um trabalho que necessita ser realizado à muitas mãos, onde antes de tudo, é necessário ouvir para comunicar.

Imagem: Reprodução

Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP

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