Petrobras vai explorar Pitu em busca de petróleo

Prates: além da exploração petrolífera no campo, a estatal não sairá do RN , já que será sede das energias renováveis da companhia - Foto: Roque De Sá

Com foco em oportunidades na transição energética e na eólica offshore, a Petrobras também terá investimentos para analisar a viabilidade econômica de novas jazidas na Margem Equatorial – que se estende no litoral brasileiro da Praia de Touros (RN) até o Amapá. Um desses focos é o Campo de Pitu, que foi descoberto em 2013 e com primeiras perfurações em 2014. A estatal pretende retomar atividades no Rio Grande do Norte em busca de petróleo e gás por meio da área de Pitu, parte da Bacia Potiguar. A informação foi confirmada à TRIBUNA DO NORTE pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates, que assumiu o comando da estatal neste ano.

A área de Pitu fica localizada a cerca de 60 km do litoral do Rio Grande do Norte, em profundidade de água de 1.844m, com profundidade final de 4.200m. A concessão faz parte da Margem Equatorial e prevê investimentos de cerca de US$ 3 bilhões nos próximos 5 anos.

Segundo Prates, a área encontra-se em processo de renovação de licença ambiental junto ao Ibama para ter seu terceiro poço perfurado. O primeiro poço perfurado na área foi concluído em 2014, tendo sido descobridor de óleo e gás, constituindo a primeira descoberta relevante em águas profundas na bacia, que deu origem ao Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) Pitu. O segundo poço foi perfurado em 2015 e comprovou a extensão da acumulação.

“A campanha de perfurações exploratórias na Bacia Potiguar é fundamental para investigar se há uma jazida de petróleo a ser produzida comercialmente. A área de Pitu se encontra em processo de renovação da licença ambiental para perfuração pelo IBAMA e, após a renovação de licença, a Petrobras irá perfurar o terceiro poço desta descoberta no bloco. Essas operações possibilitarão balizar a tomada de decisão em relação à continuidade da avaliação da jazida e, por conseguinte, a definição sobre a declaração de comercialidade ou devolução da área”, disse Prates.

Essa é uma das possíveis atividades para manter a Petrobras no Rio Grande do Norte no que diz respeito à exploração de petróleo. Os desinvestimentos da estatal no Estado foram consolidados em 2020, quando a Petrobras iniciou processo de venda da totalidade de suas participações em um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, localizadas na Bacia Potiguar.

Aliado à exploração petrolífera no campo, o presidente Jean Paul Prates reiterou que a estatal não sairá do Rio Grande do Norte, aliado ao fato de que o Estado será sede das energias renováveis da companhia.

“Nossa ideia é que aproveitando a vocação natural potiguar, um estado que é autossuficiente em energias renováveis – sobretudo a eólica, possamos fortalecer o ecossistema que já existe. Assim como temos um ecossistema de óleo e gás na Bacia de Campos e na Bacia de Santos, o ideal é termos em Natal e no Rio Grande de Norte o ecossistema de eólica offshore da Petrobras. A intenção é que as equipes que venham a atuar nessa frente da empresa estejam aqui, nessa troca de conhecimento com parceiros, acadêmicos, autoridades públicas. Nossa intenção é que esse processo avance nos próximos meses, após a posse dos novos diretores e Conselho de Administração da Petrobras”, disse.

Entre outros pontos, Jean Paul Prates também abordou a possibilidade da estatal manter o PPI, a paridade com o mercado internacional, adotado desde 2016 para definir os preços praticados na venda de combustíveis no Brasil.

“A Petrobras terá o preço internacional como uma de suas referências, mas sendo uma empresa que produz e vende no Brasil, terá outros fatores na sua composição de preço. A empresa vai buscar ser competitiva nos mercados em que atua no país”, afirmou.

Crédito da Foto: Roque De Sá

Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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