Fagner volta a Natal para dois dias de shows

Fagner volta a Natal para dois dias de shows - Foto: Divulgação

Publicidade

Cantor e compositor icônico da MPB com sotaque nordestino, Raimundo Fagner voltará a Natal para dois dias de shows dedicados ao seu cancioneiro clássico. O  cearense toca nesta sexta e sábado (10 e 11), às 20h, no Teatro Riachuelo, em uma apresentação acústica, de voz e violões – ele dividirá as melodias com o violonista Cainã Cavalcante e o guitarrista Cristiano Pinho. São mais de cinco décadas de carreira e um repertório imenso, que Fagner tocará ao gosto da plateia, com direito a muita interatividade com os fãs.

A apresentação promete um repertório variado, com músicas mais conhecidas e também um passeio por outras que têm proporcionado uma intensa interação com a plateia, possibilitando cantar canções que a princípio não estavam no roteiro. “As pessoas cobraram muito este formato de show e, acredito, teremos muita estrada para caminhar”, declarou o cantor e compositor cearense.

Fagner é um craque da canção, que soube ir das composições mais refinadas e vanguardistas até o mais popular, romântico e acessível. Desde a década de 1970 até os anos 2000, o mestre cearense navegou por vários territórios, conquistando fãs entre críticos e público de diversos estilos. Há uma fase de Fagner para cada gosto, e ele vai passar um pouco de tudo isso ao longo dessa nova temporada de shows.

Nascido em Orós, interior do Ceará, Fagner já ganhava concursos de música em rádios, aos cinco anos de idade. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música “Nada Sou”. Tornou-se popular no estado e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra – nomes que logo mais provariam sua importância na renovação da MPB.

O artista se mudou para Brasília em 1971, classificando-se em primeiro lugar no Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com “Mucuripe”, em parceria com Belchior. Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou “Mucuripe”, que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois ele gravou a mesma música em um compacto.

O primeiro LP, “Manera, Fru-fru, Manera”, veio em 1973 incluindo “Canteiros”, um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles. Ao longo dos anos 70, Fagner pôde experimentar várias facetas sonoras, incorporando o romantismo, sons regionais, e até o experimentalismo como em “Orós”, disco que teve direção musical de Hermeto Paschoal.

Nas décadas de 80 e 90, a produção musical de Fagner se dividiu entre o romântico e o regional, incluindo canções em trilhas de novelas que ajudaram a torna-lo ainda mais popular em todo o país. Desse período saíram grandes sucessos nacionais como “Deslizes”, “À sombra de um vulcão”, “Romance no deserto”, “Guerreiro menino”, “Borbulhas de amor”, “Oração de São Francisco”, “Cartaz”, “Pensamento”.

A partir de 2003, Fagner firma uma duradoura parceria com o maranhense Zeca Baleiro, conectando sua música com nomes mais novos da MPB. Em dezembro de 2020 inaugura parceria com a gravadora Biscoito Fino e lança o disco Serenata, uma seleção de serestas e clássicos da música popular.

Serviço

Fagner em voz e violões. Sexta e sábado, às 20h, no Teatro Riachuelo. Ingressos a partir de R$130.

Crédito da Foto: Divulgação

Fonte: TRIBUNA DO NORTE

Sair da versão mobile