Professores rejeitam proposta do governo e entram em greve

Professores da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte decidiram, em assembleia realizada na tarde de sexta-feira (3), deflagrar uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por unanimidade após a categoria rejeitar as três propostas apresentadas pelo Governo Fátima Bezerra (PT) para o Piso Salarial 2023.

A principal reivindicação da categoria é a atualização do índice de 14,95%. Além disso, os trabalhadores cobram a instituição de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para os funcionários da educação, a melhoria das escolas de tempo integral e a garantia das gratificações de diretores e vices diretores a partir do porte das escolas.

As propostas apresentadas pelo governo têm o formato de pagamento parcelado, o que não atende às demandas dos trabalhadores. A primeira proposta prevê a implementação do reajuste em março para todos os ativos e aposentados que ganham abaixo do Piso, retroativo a janeiro, e a concessão de 3% em maio aos demais, além do pagamento de 2,71% em setembro e mais 8,66% em dezembro. Já o retroativo seria pago a partir de maio de 2024.

A segunda proposta, por sua vez, prevê a implementação de 5,70% em maio e 8,66% em dezembro, deixando o retroativo para ser pago a partir de maio do ano que vem. Já a terceira proposta prevê o reajuste integral dos 14,95% neste mês, com efeito retroativo a janeiro e fevereiro para os professores que recebem abaixo do valor do Piso. Para os demais, incluindo aposentados e pensionistas com paridade, que recebem acima do valor do Piso, a proposta é implementar o índice de 6,5% em maio e de 7,93% em dezembro, com retroativo em 8 parcelas, entre maio e dezembro de 2024.

De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte-RN), professora Fátima Cardoso, as propostas apresentadas pelo governo não são satisfatórias para atender às demandas da categoria.

Embora deflagrada, a greve de fato começa apenas na terça-feira (7), pois na segunda-feira (6) os professores têm que retornar às escolas para dialogar com a comunidade escolar e explicar as razões da greve.

Imagem: Sinte/RN

Fonte: Portal do RN

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