“Pantera Negra: Wakanda para sempre” honra o passado enquanto olha para o futuro

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Chegou aos cinemas o novo filme do herói Wakandiano da Marvel, Pantera Negra, em sequência a Pantera Negra: Vida longa ao Rei, lançado em 2018, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre é uma obra que traz uma Wakanda tentando seguir após a perda de seu rei T’Challa e tendo que lidar com sua exposição ao mundo, enquanto homenageia de maneira emocionante o ator Chadwick Boseman, que deu vida ao Pantera Negra e morreu em 2020 em decorrência de um câncer.

O longa mostra fortemente o luto em todos os seus estágios, mostrando como cada um dos personagens lida após grandes perdas. Reencontramos, na tela, personagens amados pelo público, como a Rainha Ramonda, Shuri, Okoye e o agente Everett Ross, mas somos apresentados a personagens igualmente cativantes, como o povo do reino subaquático Talocan, a dora milaje Aneka (Michaela Coel) e, talvez as duas peças centrais do filme, Riri Williams e Namor, interpretados por Dominique Thorne e Tenoch Huerta, respectivamente.

Riri Williams é uma jovem e brilhante cientista que, devido à sua inteligência, acaba sendo colocada no confronto entre as duas grandes nações fictícias. Em pouco tempo de tela é possível notar o potencial da personagem em conquistar muitos fãs, além dos paralelos traçados entre ela e o Homem de Ferro.

Já Namor é, assim como nas HQ’s, um ser arrogante, poderoso e charmoso na mesma proporção. O príncipe submarino finalmente chegou ao MCU e rouba todas as cenas em que aparece. Vemos aqui um rei que faz de tudo para proteger sua nação e entendemos suas motivações para odiar os humanos. Vale ressaltar aqui dois pontos: o primeiro é que o personagem fala abertamente que é um mutante, sendo o primeiro a ser chamado assim tanto nos quadrinhos quanto nos filmes, nos dando um gostinho do universo dos X-men; e a decisão de criar um novo reino, inspirado na cultura dos povos pré-colombianos, ao invés de chamá-lo de Atlântida, para evitar comparações com o Aquaman, foi um acerto enorme.

Como era de se esperar, uma parte do filme possui um ritmo mais lento e carregado de sentimentos, mas suas cenas de ação são igualmente impactantes. Além disso, os visuais do longa são magníficos, seja com a nação africana ou com a nação aquática.

A trilha sonora é a cereja do bolo, nos envolvendo de acordo com o tom do filme. Talvez dois pontos que deixam um pouco a desejar são o envolvimento do núcleo do agente Ross à trama, que está ali apenas como uma ponte para chegar ao atrito, e a resolução do ato final, que acaba sendo uma fórmula repetida. Mas, os dois pontos não podem ser considerados como grandes falhas, nem atrapalham a experiência do filme como um todo.

Por fim, vale apontar que Pantera Negra 2 é pautado pelo conflito e divergência, não só entre Wakanda e Talocan, mas também entre razão e emoção, espiritualidade e tecnologia, passado e futuro, enquanto nos mostra, em meio ao caos, o equilíbrio entre os ideais. E o mais importante foi nos ajudar a dar adeus a Chadwick Boseman, honrando e passando seu legado adiante.

Fonte: O Barquinho Cultural

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