Você que é mãe ou que é pai costuma conversar com sua filha ou com o seu filho sobre cidadania e ética? Não precisa arregalar os olhos e dizer que esse papo não é para criança. Ledo engano. É de pequeno que se aprende a viver em sociedade e para que esse processo seja mais interessante, a jornalista e escritora Dorinha Aguiar e a advogada Cibele Kadomoto produziram a coleção Cidadania e Ética. Com ilustrações bonitas, coloridas e leves, a obra atua como apoio para trocar ideias com crianças de sete a 13 anos.
Inquieta e atenta aos acontecimentos na sociedade brasileira, a jornalista Dorinha Aguiar decidiu estudar Immanuel Kant, filósofo prussiano considerado como o principal pensador da era moderna, para escrever a coleção, que efetiva a metodologia prática de Kant para o ensino de valores, de forma didática. Além da parte teórica, os quatro livros sequenciais abordam os temas da vida real, com o objetivo de transformar o estudante em protagonista da própria história, ao ter a chave que poderá abrir as portas do agir moral.
Segundo Dorinha Aguiar, Cidadania e Ética é uma coleção destinada à orientação de crianças, quanto aos aspectos que envolvem a cidadania e o comportamento social. “Orientar e formar crianças normalmente não são situações fáceis, principalmente, quando estas não possuem bons exemplos ou referências. Fazê-las compreender que para convivermos em harmonia com o outro existem regras, convenções e legislações, ensiná-las a desenvolver o bom-senso e a percepção de senso comum, o que é liberdade de escolha, atitudes e as responsabilidades que as acompanham são o propósito da obra”, define Dorinha Aguiar.
“O que se deve fazer e por que fazer, o que é uma nação, a Lei que a rege, para que serve e a quem ela serve. Quem são os responsáveis pela existência das Leis e quais suas responsabilidades. O que é direito, dever e obrigação para o convívio em grupo. E a participação social das notícias reveladas pela imprensa. São tantos aspectos a serem mostrados e desenvolvidos nas crianças que, certamente, um material que aborda tudo isso de forma contextualizada, realista e principalmente com uma linguagem compreensível a criança é de grande valor pedagógico”, avalia Dorinha Aguiar.
Cidadania e Ética, de acordo com a autora, também tem grande valor social, porque, apesar de ser destinada à educação escolar de crianças, é um rico material para qualquer família que tenha a intenção de educar seus filhos com base em valores compatíveis com uma vida social em harmonia. “Esta coleção dá oportunidade de reflexão quanto à importância deste conhecimento, de forma pedagógica e sensível à compreensão da criança”, define Dorinha. Observando pelo prisma prático, os problemas comuns de nossa sociedade, dentro ou fora do lar, da escola e do trabalho, são expostos para a intervenção do estudante. Os temas abordados são o bullying, as drogas, os assédios moral e sexual, a exploração infantil, a honestidade e outras questões do dia a dia na sociedade.
Dorinha Aguiar destaca que os temas são colocados de forma clara e com objetivo prático, instigando o leitor a refletir e a se posicionar perante os desafios, arguindo-se quanto às vantagens do agir ético e moral. “O leitor-estudante será capaz de ver as vantagens de ter uma cultura de valores universais, de ser ético e cidadão, assim como encontrará os caminhos de sua defesa, posicionamento social e, acreditamos, será capaz de ‘girar a chave de uma vida alegre e feliz’”, afirma.
O primeiro livro, O que é Cidadania, esclarece o leitor sobre os fundamentos da formação da cultura, da cidadania, desde a sua necessidade até as vantagens de se tornar um cidadão. Elaborado de forma prática, os exemplos levam o leitor a compreender a importância da “razão” que deve orientar as decisões. O segundo livro, Ética e Moral – o que tenho a ver com isso? Inicia o estudante na filosofia, a partir de Kant, o pai da Lei Moral. “As leis morais são colocadas de forma didática e simples, levando o leitor a avaliar as vantagens de agir moralmente”, frisa Aguiar.
O terceiro livro, Direitos das Crianças, analisa as pautas da vida real, conforme sugere Kant, em seu trabalho “Crítica à razão prática”. “A partir da análise dos direitos das crianças, inspirados no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA -, os leitores podem avaliar sua própria vida, sua maneira de ser, de agir, de se relacionar e decidir pela melhor postura. O quarto livro, Deveres das Crianças, reflete o outro lado da moeda dos direitos, cobrando a contrapartida dos direitos. Para cada direito, um dever. E quem tem o dever? “Os livros cativam, prendem o leitor e o faz refletir sobre sua importância na formação cultural de um povo. É uma coleção que nasceu para imprimir nova forma de pensar e de respeitar as relações humanas, quer entre parentes, quer no trabalho, na escola, na comunidade”, explica Aguiar.
Sobre a escritora Dorinha Aguiar
Dorinha Aguiar nasceu em Pará de Minas-MG, em 28 de fevereiro de 1959. Desde os 15 anos, procura escrever sobre injustiças e sofrimentos humanos, iniciando sua carreira de jornalista no Jornal Paraense, de sua cidade. Aos 17 anos, foi secretária do Cine-Clube Charles Pathé, no Colégio Estadual Fernando Otávio, o que lhe favoreceu para conhecer problemas sociais e políticos de toda ordem. Concluiu o curso de Jornalismo pela UFMG, em 1983, em primeiro lugar da turma.
Trabalhou como revisora no Estado de Minas; repórter policial e da Editoria Geral no Diário da Tarde, com temas científicos e sociais, destacando-se as séries sobre Doenças Profissionais, Irrigação, Energia Nuclear, Saúde e Ecologia. Foi editora-chefe de semanários e revistas mineiras. Selecionada para chefiar programa na TV Alterosa e para editora do Globo Repórter, da Rede Globo, sem efetivá-los, por razões diferentes da sua vontade. Foi diretora da Casa dos Jornalistas, junto ao SJPMG, no fim da década de 1990.
Desde 1998 escreve biografias e resgata histórias, falada ou registrada, com os livros Duas Vidas – um grito silencioso pela paz; O Design em Minas – 50 anos à frente de seu tempo; e O anjo da Rua Thermopilon, história verídica de atriz grega, sobrevivente do holocausto na Grécia, inédito. Recebeu prêmio no Furnas Ouro Azul com projeto de educação ambiental infantojuvenil. Uma das fundadoras do Maya – Movimento pelas Águas e Atmosfera, entidade voltada para ações de educação e cultura. Lançou a invasão perigosa do mexilhão dourado – riscos para a saúde da população e para a economia do Brasil – port/ingl – no evento internacional Rio + 20.
Autora da série Doenças de Veiculação Hídrica, com 26 títulos, nos quais se procura preservar a saúde contra problemas negligenciados que vitimam milhares de pessoas por dia no mundo. É autora da coleção infantil: As 7 Virtudes – Histórias do Ranchinho do Gavião (com os títulos Bonitinha, a galinha amorosa; Muriqui, o macaco feliz; O porquinho Sujão; Bolacha e a luz azul; Blume, amiga fiel; Bala, a onça-parda; Carcará, o soberano); e coautora com sua filha Cibele Aguiar Kadomoto da coleção infantojuvenil Cidadania e Ética, com metodologia de Kant para ensinar ética.
Imagens: Divulgação
Fonte: Assessoria de Comunicação