Cerca de 30% dos casos de câncer colorretal ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo e inatividade física. O dado do Instituto Nacional de Câncer (Inca) se soma a outro número alarmante do mesmo órgão: no Brasil, a doença é a terceira com maior incidência na população, com aproximadamente 40 mil novos casos, por ano.
No Estado do Rio Grande do Norte, ainda segundo dados do Inca, a enfermidade também possui altos índices. Entre os homens, por exemplo, a projeção é de 180 novos casos por ano para cólon e reto, uma taxa bruta de 10,26 por 100 mil habitantes, ficando abaixo apenas do Ceará, na região Nordeste, com uma taxa de 11,26.
Entre as mulheres, o número é ainda maior. São 290 novos registros, taxa de 16 para cada 100 mil, empatado na liderança com Sergipe.
Diante destes números, mantida esta tendência, a estimativa é que até 2030 o número de casos desse tipo de câncer aumente, em média, três vezes, por estas mesmas causas, ressalta a proctologista do Sistema Hapvida, Rosa Mendes.
Apesar dos altos índices, a médica afirma que a doença é tratável e curável, a depender do estágio em que foi descoberta, com tratamento quimioterápico, radioterápico ou cirurgia.
Segundo Rosa Mendes, o câncer de intestino grosso desenvolve, inicialmente, e na maioria das vezes a partir de pólipos, que são pequenos tumores benignos que aparecem nas paredes da mucosa intestinal e dependendo da histologia e tempo de aparecimento, se transformar em uma neoplasia maligna. Ela explica que a maior incidência desta ocorrência se dá no reto e sigmóide, o que dificulta ainda mais o diagnóstico precoce por sua localização, que mascara na maioria das vezes os sintomas e sinais.
“O investimento na prevenção primária dá uma garantia maior de resultado na diminuição de casos. Não podemos jamais abdicar da nossa responsabilidade individual de ter estes cuidados e manter hábitos saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, uma atividade física regular, controlar o estresse, um bom convívio familiar e um sono reparador”, explicou Rosa.
A especialista ressalta também que com uma visita anual ao proctologista e/ou quando tiver um sintoma ou sinal, o diagnóstico e o tratamento são facilitados.
“O tempo de transformação de uma lesão benigna para maligna é estimado em torno de 10 anos. Fazer o rastreamento a partir dos 45 anos, através de colonoscopia, reduz a incidência e mortalidade e aumenta a sobrevida dos pacientes”, resume Rosa Mendes.
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Fonte: Assessoria Imprensa/Hapvida