House Of The Dragon termina emblemática e surpreendente

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Terminou no último domingo (23), a primeira temporada House Of The Dragon, com o lançamento do décimo episódio, mostrando o final da introdução a dança dos dragões e iniciando oficialmente a guerra entre membros da família Targaryen, pela sucessão ao trono de ferro, a série da HBO Max é um spinoff de Game Of Thrones.

Diferente de Game Of Thrones que terminou com um final alternativo porque ainda não havia uma finalização dos livros na qual a série era inspirada, em House Of Dragon, a história é fechada e com o final acessível a quem queira saber sobre como termina a guerra entre os Targaryen, isso porque os livros de Sangue e Fogo, fonte base da adaptação tem um final concluído.

A série começou a temporada apresentando os principais personagens dentro de uma trama que parece um jogo de xadrez, cada movimento dentro das sucessivas passagens de tempo criam tensão de proporção inimaginável, colocando todos ao redor em constante alerta sobre eventos com desfechos imprevisíveis a qualquer momento.

Esse ambiente caótico de acontecimentos de importância a cada fala ou posição tomada por personagens em House Of The Dragon, conota exatamente o universo criado por George R.R. Martin, em seus livros, na qual a série consegue adaptar de maneira natural para as telas da TV, é como se os personagens estivessem pisando em ovos o tempo inteiro.

A trama faz uma bela abertura mostrando uma amizade entre Alicent Hightower (Emily Joanna Carrey Kate) e Rhaenyra Targaryen (Milly Alcook), um laço bastante convidativo, que após anos e diversos fatores acaba tornando-se uma rivalidade brutal. Já na segunda fase da série as atrizes são trocadas e novos membros das famílias são destacados, e oficialmente começa o ambiente para criar os eventos de a Dança dos Dragões.

House of The Dragon, tem uma primeira temporada introdutória bastante rápida para criar a base necessária para o público entender a trama, colocando cada camada e núcleo no lugar certo para engrenar o jogo pelo trono de ferro. A rainha Rhaenyra Targaryen e seus filhos, e aliados de um lado, do outro, Alicent Hightower e seus filhos, junto dos apoiadores do rei Aegon Targaryen.

Dito isso, fica mais simples entender cada posição e os eventos marcados para acontecer nas próximas temporadas, isso fica claro desde o primeiro episódio ao último, House of The Dragon começou impiedosa e terminou igualmente brutal. A direção de Miguel Sapochnik sob supervisão de Martin, consegue trazer o imprevisível de forma orgânica.

A direção é extremamente competente ao empregar em cada evento sua importância para a trama, os efeitos visuais são outro grande acerto. Em House Of The Dragon, os dragões são uma beleza à parte, a série não deixa cair a qualidade e ainda finaliza uma temporada de maneira brutal ao mostrar o quão implacável é um confronto entre essas criaturas.

No geral, a qualidade da série vinda de um spin off é bastante convidativa ao público por criar um sentimento de quero mais, começa de maneira impactante e termina igualmente impactante, fazendo aquela passagem inesperada pegando a todos de surpresa.

Essa é a principal arma do universo criado por George R.R Martin, a diferença em House Of The Dragon de Game Of Thrones, é o final fechado e disponível para todos que queiram saber como termina essa guerra e quem consegue sentar no trono de ferro. O resto é acompanhar e sofrer pelos personagens que provavelmente vão morrer em algum momento da história.

Em suma, House Of The Dragon é brutal e impactante na forma como é apresentada desde o início, o recado aqui é, não se apegue a nenhum personagem porque a trama é imprevisível. Em relação às pequenas mudanças da série ao conteúdo original dos livros que aconteceram durante a temporada, é importante destacar que são necessárias e acontecem para fazer a história tornar-se mais palatável ao novo público que não consumiu o conteúdo original.

Fonte: O Barquinho Cultural

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