O desfecho da disputa ainda no primeiro turno confirma expectativas apontadas nas pesquisas eleitorais, porém, o principal rival na corrida, o Capitão Styvenson (Podemos), está atrás de Fábio Dantas (Solidariedade).
Ela, que foi a única governadora eleita em 2018, terá Walter Alves (MDB) como vice no novo mandato.
Sua campanha à reeleição foi baseada em mostrar à população que pegou “o governo quebrado, endividado e com políticas públicas destruídas”, mas que conseguiu sanear as contas públicas e recuperar a capacidade de investimento.
“Somente com os servidores a dívida do estado era de R$ 1 bilhão em quatro folhas de salários atrasadas”, disse à Folha, afirmando que pagou tudo e que nunca atrasou salários durante a gestão.
Apoiadora de Lula (PT), Fátima teve de rebater, nas últimas semanas, entretanto, acusações na imprensa e em debates com os adversários de perda ou morosidade na aplicação de verbas federais em saúde e segurança.
Projetos relacionados à educação, incentivo às empresas, criação de empregos e reforço, além de valorização do contingente de policiais, são destacados pela petista como exemplos de conquistas até agora.
Entre outras medidas, a petista afirma que, com o orçamento mais equilibrado, ampliará investimentos em expansão e reformas de escolas, assim como em obras de infraestrutura rodoviária que contribuam para o escoamento da produção e a interiorização do turismo.
No programa de governo, afirma que “a geração de emprego e renda, o combate à fome, a ampliação e o fortalecimento das políticas sociais continuarão sendo imperiosos” no segundo mandato.
Fátima é natural da Paraíba e mudou-se para o Rio Grande do Norte aos 15 anos de idade. Ela é formada em pedagogia na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
No estado, foi professora da rede pública e sindicalista, antes de assumir o primeiro cargo eletivo, como deputada estadual, em 1995. Ocupou o cargo por dois mandatos e foi três vezes deputada federal, além de senadora por quatro anos. É governadora do estado desde 1º de janeiro de 2019.
Styvenson, por sua vez, que foi o principal adversário dela no primeiro turno, buscou mostrar à população que sua campanha não usou recursos públicos e que, como maior diferencial, estava comprometido com uma “racionalização da administração pública”.
Ele prometeu fazer um governo “econômico e produtivo, tornar o Estado mais leve, dinâmico e eficaz”, combatendo o que chamou de mau uso de recursos.
Também destacou, entre outros planos, abrir mais margem para investimentos, bem como “o combate efetivo a facções criminosas, a reestruturação do sistema estadual de saúde por meio de parcerias com a iniciativa privada e consórcios públicos com os municípios”.
Seguindo posicionamento do Podemos, ele não declarou apoio a nenhum candidato à Presidência da República.
Além dele e de Fátima, ainda participaram da disputa pelo governo os candidatos Rosália Fernandes (PSTU), Clorisa Linhares (PMB), Rodrigo Viera (DC), Bento (PRTB), Danniel Morais (PSOL) e Nazareno Neris (PMN).
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Fonte: Folha de São Paulo