O novo capítulo de A Órfã: A Origem traz na direção o renomado diretor William Brent Bell, com distribuição da Paramount Players, , o roteiro é assinado por David Leslie Johnson-McGoldrick, e novamente reprisando o papel principal a atriz Isabelle Fuhrman. O filme funciona como prequela do lançado em 2009, onde mostra a personagem Esther se infiltrando e passando por uma criança órfã para adoção para conseguir roubar as famílias que a adotam.
O primeiro filme entrega uma história bastante convidativa por apresentar uma personagem cercada por mistérios acerca da sua condição, entregando um plot-twist de quebrar o queixo com a revelação final do filme. Em Orfã 2, os diretores optaram por contar sobre como a personagem ficou conhecida como órfã, o nome do título faz total sentido quando colocado de forma conexa com a principal característica da personagem.
Ainda sim, é possível criar confusão nos espectadores menos atentos, isso porque o título sugere um passeio na origem dela, sobre quem ela é, e quais sua origem familiar. Mas não é esse o caminho optado pela direção nesta sequência, aqui a ideia é apresentar como ela tornou-se a órfã conhecida por assassinar as famílias que lhe adotam após o convívio.
Caminho aberto, é hora de destrinchar sobre essa sequência depois de tanto tempo de espera pelos amantes do gênero terror. Desde quando foi lançado em 2009, a história conseguiu gerar um certo gosto de quero mais, no entanto, a sequência só veio agora em 2022. devido a demora o público fã ficou um pouco esquecido sobre esse filme, a pouca divulgação também pode ser algo prejudicial para o desempenho no cinema, ainda tem o fator lançamento internacional com a crítica mista falando sobre ele.
A Orfã 2, traz novamente a personagem Esther, agora mostrando como foi o primeiro massacre dela como adotada oficialmente, e como ela ficou conhecida como órfã, e mostra como conseguiu chegar nos Estados Unidos depois de fugir da clínica onde ela havia sido internada, todas as amarras em relação ao icônico nome da personagem estão explicitamente explicada.
O filme traz uma filmagens de certa forma incomodativa quando apresenta uma ambientação meio suja, como se tivesse com neblina na lente da câmera. Talvez tenha algum significado mas ficou subentendido e conseguiu incomodar bastante. Outro fator aqui bastante mal explorado é o núcleo familiar na apresentação do filho tratando o personagem como esquecível.
No entanto, novamente o público é inserido em uma inversão onde traz um plot-twist de quebrar o fôlego. O filme dá uma virada de 360 graus, sem perder a boa essência de um terror psicológico, o terceiro ato se transforma após a revelação do filme, fazendo ele ganhar outros contornos nunca antes pensado.
Esse sem dúvida foi o grande acerto do filme ao trazer uma revelação emblemática capaz de inverter a situação a ponto de colocar a protagonista dentro de uma perspectiva pouco provável. Os núcleos são simples a ponto de ser questionável a utilidades de alguns personagens dentro da trama, mas consegue ser bastante útil quando a narrativa precisa.
Por fim, A Órfã: A Origem traz uma nostalgia ao apresentar uma trama simples com respostas diretas sobre a origem do nome da personagem, mas esquece completamente de responder sobre a origem real da pequena Esther, ainda sim, traz boas cenas de horror com bastante sangue e muita violência gráfica, e entrega um plot-twist grandioso como foi da primeira vez.
O longa é estrelado por Isabelle Fuhrman, Julia Stiles, Rossif Sutherland, Hiro Kanagawa, Matthew Finlan, entre outros, e chega aos cinemas brasileiros nesta quarta-feira (14), distribuído pela Diamond Films.
Fonte: O Barquinho Cultural