Pandemia e alterações bucais nas crianças: Existem mudanças nesse período?

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Não é novidade que a pandemia vem refletindo na forma como as crianças se comportam e se desenvolvem. O isolamento social repercute em aspectos que vão desde o desenvolvimento emocional à educação infantil, o que, por consequência, traz impactos na saúde de forma geral, inclusive, na saúde bucal.

Devido à permanência integral em casa, dada à pandemia global, as crianças fazem o uso de telas, seja televisão, tablet ou smartphones, por um período maior de tempo, durante o dia. Seja, também, pelas aulas que, em sua quase totalidade, passaram a ser de forma remota e que, aos poucos, estão voltando ao formato presencial, ou como forma de entretenimento. Em paralelo, devido ao tempo ocioso, que poderia estar sendo preenchido com brincadeiras e atividades ao ar livre, ocorre um grande aumento na ingestão de guloseimas, refeições mais açucaradas e alimentos hiper calóricos. Somado a isso, não há o gasto energético físico ou contato com a natureza para extravasarem essa energia acumulada.

Esse comportamento e rotina alterados, além de alterarem os hábitos alimentares, o que está contribuindo para o aumento de cárie dentária. Também altera a rotina e qualidade do sono, somado a isso, temos crianças mais ansiosas, diante de todo contexto que uma pandemia envolve (desde a perda de algum familiar, internação de um ente querido e, também, pelo medo gerado em torno da contaminação pelo vírus). Tais fatores acabam repercutindo no bruxismo noturno. O bruxismo é um hábito parafuncional em que as crianças rangem intensamente os dentes, enquanto dormem, o que leva a desgaste nos mesmos e/ou fraturas de restaurações.

O aumento nos consultórios odontológicos foi alarmante e, mediante isso, há algumas condutas a serem tomadas pelos pais, familiares e por toda rede de cuidado que envolve a criança:
É interessante controlar o tempo do uso de telas, deixando restrito ao período necessário para a aula on-line ou, no máximo, duas horas diárias, a nível de entretenimento e distração para a criança.

Outra alternativa seria buscar brincadeiras antigas, que não requeiram telas e aumentem a interação entre pais e filhos de forma saudável, como bonecas, carrinhos, jogos pedagógicos, quebra-cabeça, xadrez, ludo, massinhas caseiras, ouvir música, aprender um instrumento musical novo e cozinhar juntos. São alguns exemplos sadios de tempo de qualidade, que os pais podem passar junto ao seu filho. É aconselhável pedir apoio à nutricionistas infantis, que possam fazer cardápios saudáveis e compatíveis com a sua realidade.

As crianças e adolescentes assistidos pela Casa Durval Paiva recebem esse apoio da equipe multidisciplinar, que, dentre os seus profissionais, oferece serviço de assistência psicológica, odontológica, nutricional, pedagógica, fisioterapêutica, entre outros. O que contribui para a qualidade de vida dos pacientes e dos seus acompanhantes, durante essa fase de pandemia.

Imagem: Divulgação

Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP

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