O equilíbrio é um processo dinâmico, através do qual a posição do corpo mantem-se estabilizada, seja parado, como ficar de pé (equilíbrio estático) ou em movimento, como andando ou tentando alcançar algo no armário (equilíbrio dinâmico).
Mesmo que ficar em pé, parado, pareça algo simples, manter o equilíbrio postural é uma tarefa complexa e, se houver comprometimento de algum aspecto, como a força muscular, a mobilidade das articulações e alterações na sensação de movimento e posição do corpo, haverá muita dificuldade para se manter em pé.
O treino de equilíbrio não deve ser um dos objetivos finais do processo de reabilitação. Por ser um componente essencial da função física, não deve ser ignorado nas fases iniciais. É comum pensar no equilíbrio como algo estático, sem movimento. Mas o equilíbrio é também um processo dinâmico que está presente em muitas atividades da vida diária como caminhar, subir um degrau, alcançar um objeto acima da cabeça ou arremessar uma bola.
Crianças e adolescentes com câncer podem apresentar sinais e sintomas, devidos à doença ou ao tratamento, que influenciam diretamente a manutenção do equilíbrio postural. Por isso, é tão importante incluir exercícios e brincadeiras, desde o início da reabilitação, para que eles tenham melhora desse aspecto.
O treino de equilíbrio deve progredir de forma gradual, respeitando a tolerância dos pacientes. O avanço deve ser feito passando de treino em superfícies estáveis (o próprio chão) para instáveis (areia, espuma de colchonete, prancha de equilíbrio, cama elástica); exercícios com olhos abertos para olhos fechados; exercícios com os dois pés no chão para um pé só; aumentando o tempo de uma determinada posição.
Brincadeiras de amarelinha, chutar uma bola, “estátua” e “andar na linha” são exemplos de atividades lúdicas que são utilizadas no acompanhamento fisioterápico realizado na Casa Durval Paiva. É importante que o fisioterapeuta tenha criatividade, durante o atendimento, para oferecer a maior variedade possível de exercícios e brincadeiras.
Algo que percebemos na rotina é que, quando as crianças se divertem, elas são mais colaborativas com o tratamento, apresentam melhora nos aspectos físicos, são mais ativas no dia a dia e participativas nas atividades do seu contexto de vida. Essa participação é um objetivo importante a ser alcançado, durante o tratamento fisioterapêutico.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP