Reabilitação do paciente amputado

Um indivíduo pode ser submetido à amputação (retirada parcial ou total de um membro), devido a várias causas, como doenças do sistema circulatório, diabetes, acidente, câncer, etc. Os tumores ósseos não são os mais frequentes em crianças e adolescentes, mas causam prejuízo funcional nos primeiros sinais e sintomas, pois a dor (óssea ou muscular) e o inchaço no local acometido levam a limitação dos movimentos na articulação e de todo o membro.

De acordo com o tipo, tamanho, localização e estágio da doença, pode ser necessário realizar uma amputação, o que causa um grande impacto na vida do paciente e de sua família, pois eles têm muitas dúvidas, medos e inseguranças, desde a possibilidade de cura com esse tratamento, quanto a sua capacidade de adaptação, autonomia e qualidade de vida.

É importante que, desde o momento do diagnóstico, o paciente tenha acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, na qual, o fisioterapeuta é parte imprescindível para a reabilitação. Após exame físico e avaliação inicial, caso o membro afetado seja o inferior, deve-se iniciar o uso de muletas, para evitar fraturas ou outras lesões. Na fase pré-operatória, devem ser realizados exercícios para manutenção do condicionamento físico, melhora da mobilidade e força muscular dos membros não afetados, prevenção de encurtamentos e deformidades e treino de equilíbrio.

Exercícios respiratórios também podem ser iniciados, objetivando a manutenção da capacidade vital e, assim, prevenindo a instalação de atelectasia (parte do pulmão que não recebe ar) e redução do risco de pneumonia no pós-operatório.

Na fase pós-operatória, o paciente deve ser orientado quanto aos cuidados com o coto (parte remanescente do membro), para evitar edema e encurtamentos musculares. O fortalecimento do coto deve ser realizado como preparação para o uso de prótese. Também deve ser feito fortalecimento muscular global, além de treino, para melhora do condicionamento físico.

Quando há oportunidade, proporcionamos o contato do paciente com outros que já se submeteram a amputação. Isso estimula o compartilhamento de experiências e a observação de como os outros enfrentam situações, que o paciente julga serem muito difíceis ou que ele é incapaz de realizar. A comunicação é sempre clara e simples, visando o esclarecimento de dúvidas e estimulando o paciente a pensar nas mais variadas possibilidades (voltar a brincar, ir para escola, praticar esportes, trabalhar, dirigir, ter filhos). Afinal, não há limite para o paciente amputado, que se permite experimentar sua capacidade.

Imagem: Divulgação

Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP

Sair da versão mobile