A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) explicou nesta segunda-feira (13), em coletiva de imprensa, a regulação da porta de acesso ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG). A medida, que entra em vigor no dia 15, visa permitir que a maior unidade de urgência do estado receba o seu perfil de atendimentos, que são os casos clínicos graves e os pacientes politraumatizados.
A primeira etapa envolve a Região Metropolitana, que engloba 70% dos atendimentos do Walfredo Gurgel. O grande número de atendimentos de casos de menor gravidade e sem regulação, que gera pouco mais de 50% dos pacientes recebidos na unidade, através das unidades da rede de saúde, como Unidades de Pronto-Atendimento e Unidades Básicas de Saúde (UBS) provoca uma superlotação do HMWG, que sobrecarrega os trabalhadores da unidade e inviabiliza qualquer planejamento estratégico por parte da gestão.
A secretária-adjunta de Saúde Pública, Lyane Ramalho, ressaltou a importância do trabalho conjunto em resolver um problema que é histórico. “Essa regulação faz parte de uma política pública que este Governo está enfrentando o desafio de colocar em prática, vem de uma decisão judicial que remonta o início dos anos 90 e agora vamos conseguir, com essas parcerias, colocar em funcionamento. Não temos como regular a porta do Walfredo Gurgel se não amadurecermos as portas de acesso nos municípios”, ressaltou Ramalho.
A regulação do acesso ao hospital acontece a partir desta quarta-feira, de acordo com o que foi acertado em conjunto com o Ministério Público, através da Promotoria de Saúde. A promotora da Saúde, Iara Pinheiro, resgatou a atuação no caso. “Nossa atuação tem um viés que estamos olhando para o paciente grave, pois a baixa e média complexidade tem outras portas. A defesa é que o paciente grave tenha atendimento com eficiência sem ter que concorrer com pacientes de baixa complexidade”, explicou a promotora.
A presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Aldenísia Albuquerque, ressaltou a importância da regionalização da Saúde para ajudar nesse processo. “Esperamos a estruturação dos hospitais regionais para que possam atender as pessoas onde elas moram e iniciar um processo pedagógico com usuários e governantes, para que entendam que colocar pacientes numa ambulância e mandar para o Walfredo Gurgel não é estar a favor da rede de saúde”, completou.
Imagens: Sandro Menezes
Fonte: Assecom/RN