Gisele de Assis é uma mulher linda, talentosa, modelo internacional, influenciadora e preta. Estes são os adjetivos de uma mulher batalhadora que sempre teve o desejo de influenciar todas as mulheres, mas viu a necessidade de representar em especial a mulher negra para que estas mulheres possam ocupar papéis de destaque na sociedade. Dona de uma beleza única e elegância intrínseca, Gisele que mora em Milão, já fotografou campanhas para as principais marcas da alta costura e luxo da Itália, Paris e Nova York. Mesmo com todo esse sucesso na carreira, não obstante, ainda sofre preconceito pela cor da pele.
“Por diversas vezes quando eu ia a restaurantes chiques em São Paulo e alguém me olhava de cara feia, como se eu não pudesse estar ali, eu pegava meu telefone e ligava para uma amiga preta para me encontrar. Porque se eles não querem engolir uma preta vão ter que aceitar uma, duas, várias pretas no mesmo espaço que eles.” relata a top model, que luta através da sua imagem para que as pessoas aprendam não apenas a respeitar mas acostumar-se com pessoas pretas em lugares de liderança, consumindo produtos de luxo, viajando, falando vários idiomas, sendo referência.
Sofri preconceito desde criança, as pessoas riam dos meus sonhos, mas meus pais sempre me apoiaram, mesmo sem condições. Quando cresci e fui pro mercado de trabalho a discriminação acontecia dos lojistas aos clientes. Mas isso não me parou. Quando fui atuar no mercado de luxo não tive esse problema por parte da empresa, por isso me apaixonei pela Louboutin. Mas o racismo é muito estrutural no Brasil. A gente sofre todo tempo é uma luta constante.
Não sinto o racismo nas minhas relações de trabalho. Estrelei várias campanhas importantes de nível internacional. Para a passarela mesmo com 1,70 sou considerada baixa, mas consigo trabalhos. O que me surpreendeu foi que a família do meu marido tem preconceito por eu ser negra. Então são coisas que ainda tenho de lidar, mas não me paralisa. Jamais!
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Fonte: Assessoria de Comunicação