A governadora Fátima Bezerra e a comitiva do Rio Grande do Norte em visita à Dinamarca encerrou a agenda naquele país nesta sexta-feira, 12, com mais duas importantes reuniões de trabalho — com a Energy Cluster Dinamark, organização que visa a colaboração de grupos de investidores nacionais e internacionais para geração, distribuição, armazenamento e conversão de energias, e com a ORSTED, empresa líder mundial em geração de energia eólica offshore (no mar).
Com os representantes da ORSTED, a governadora, acompanhada do senador Jean Paul Prates, dos secretários do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, da Comunicação Social, Guia Dantas, diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, presidente da Caern, Sérgio Linhares, do Coordenador de Energias da Sedec, Hugo Fonseca, do professor da UFRN, Mário Gonzalez e apresentou o potencial de geração de energia eólica offshore e as ações em curso no estado para o desenvolvimento de infraestrutura portuária e expansão da transmissão de energia para escoamento da produção dos futuros parques eólicos na costa potiguar.
“Com esta visita, o Governo do RN busca parcerias estratégicas visando o desenvolvimento inicial da energia eólica offshore no estado e no Brasil”, afirmou a governadora Fátima Bezerra. “A Dinamarca tem um protagonismo no contexto das energias renováveis, algo em comum com o Rio Grande do Norte. Uma década após receber os primeiros investimentos, o estado lidera a produção nacional de energia eólica onshore (em terra) no Brasil. E estamos nos preparando para liderar também na produção offshore, de hidrogênio e amônia. Temos ativos e forte potencial natural: dispomos dos melhores recursos eólicos, a qualidade dos ventos, a pouca profundidade da nossa costa, os incentivos fiscais, mão de obra qualificada, razões pelas quais estamos aqui”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, citou a condição do RN como gerador de 6,1 GW em eólica e consumo de 1,5 GW. Estes dados nos colocam como exportador de energia para os demais estados, importante para o país que enfrenta uma crise energética e a necessidade de crescimento econômico. Na matriz energética do Brasil 25% vêm de termelétricas que precisam ser substituídas pela transição verde. Até por que o preço da geração termoelétrica, além do impacto ambiental, é seis vezes mais cara”.
Jaime Calado destacou quatro vantagens do Rio Grande do Norte para o mercado das energias renováveis: “temos os melhores ventos, a costa rasa, o que reduz os investimentos, os melhores incentivos fiscais e mão de obra qualificada por nossas universidades públicas”. Ele ainda citou a determinação governo Fátima Bezerra “em priorizar este assunto em todos os ângulos”.
Fátima Bezerra destacou aos representantes da ORSTED e da Energy Cluster, as presenças do senador Jean Paul Prates, também especialista na área que exerce missão importante no Congresso Nacional liderando o debate sobre o marco regulatório para a área offshore, dos secretários do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, da Comunicação Social, Guia Dantas, diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, presidente da Caern, Sérgio Linhares, do Coordenador de Energias da Sedec, Hugo Fonseca e do professor da UFRN, Mário Gonzalez, especialista em energia que atua junto ao Governo do Estado no desenvolvimento dos projetos de energia, além de Nilton Maia, representante da classe empresarial. No fim da missão, a governadora Fátima Bezerra também agradeceu todo apoio prestado pelo embaixador do Brasil na Dinamarca, Rodrigo de Azeredo Santos, “um embaixador que gosta de ver as coisas acontecerem e tem atuação dinâmica”.
A ØRSTED
Sediada na Dinamarca, a empresa desenvolve, constrói e opera parques eólicos offshore e onshore, parques solares, instalações de armazenamento de energia e usinas de bioenergia, e fornece produtos de energia aos seus clientes. É classificada como a empresa de energia mais sustentável do mundo no índice 2021 da Corporate Knights das 100 corporações mais sustentáveis do mundo e é reconhecida na Lista de Mudanças Climáticas do CDP (Carbon Disclosure Project/) como líder global em ação climática.
É pioneira na implantação de parque eólico offshore em 1991, hoje é líder na produção global de energia eólica. Construiu e opera parques eólicos offshore na Dinamarca, no Reino Unido, na Alemanha, na Holanda, em Taiwan e nos Estados Unidos – Europa, América do Norte e Ásia – com potencial para todo o mundo, aspirando levar energia eólica offshore para mais mercados. A companhia existe desde 1972 e se chamava Dansk Naturgas A/S. Em 2017 passou a ser chamada Ørsted em homenagem ao cientista dinamarquês Hans Christian Ørsted.
Energy Cluster Dinamark
A Energy Cluster Dinamark tem portfólio no valor de 800 milhões coroas dinamarquesas, capta investimentos junto a fundos nacionais e europeus e atua também na exportação e produção de equipamentos e serviços para mercado de energia na Dinamarca e em todo o mundo. A organização capta recursos junto com às indústrias, fomenta projetos, contata players e universidades contribuindo para manter a Dinamarca na posição de líder no mercado mundial.
Além da grande experiência nos processos para produção de energias renováveis onshore e offshore, a Energy Cluster opera também na área de petróleo o gás para tornar os processos mais verdes e alinhados com a nova agenda climática para redução das emissões de carbono. Na Dinamarca a utilização de petróleo e gás será suspensa até 2050. O país é um dos maiores produtores nesta área na Europa. Outros campos de atuação são o armazenamento e a eficiência energética na indústria e nos prédios públicos.
Imagens: Elisa Elise
Fonte: Assecom/RN