A notícia de um diagnóstico de câncer abala diretamente o paciente e seus familiares. “É como se o mundo estivesse desabando”, “Uma sensação de ter uma bomba caindo bem na sua cabeça”. Essas são algumas das expressões ouvidas no primeiro acolhimento social.
O serviço social é a porta de entrada da Casa Durval Paiva, quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer, ele é encaminhado para uma instituição, a fim de receber todo o suporte necessário. Estes são os primeiros profissionais a ter contato com o paciente e sua família.
A forma como estes chegam na instituição traz muitos aprendizados. Muitas vezes, assustados, com medos e angústias, cheios de dúvidas e questionamentos. Trata-se de um processo longo e repleto de altos e baixos. Entretanto, tudo fica mais leve, quando esse paciente tem uma família para dar suporte.
Mas, afinal, o que é família? Falar sobre família não é algo fácil, pois cada uma possui suas singularidades, é um conceito difícil. Para os profissionais, não existem rótulos, pois a família não se restringe à laços de sangue e sim, vínculos afetivos, onde há amor, compreensão e cuidado, não esquecendo que, nesse contexto, também, há conflitos, divergências e atritos. Não importa a configuração, se existe amor, cuidado, zelo e apoio, essa família faz toda a diferença na vida do paciente.
São os gestos mais simples, que contribuem de forma significativa, no processo do tratamento oncológico. A companhia diária nas internações, o apoio da mão, nas inúmeras colheitas de exames, o cuidado e atenção na hora de preparar as refeições e oferecer as mais diversas opções de comida, na hora da falta de apetite e enjoos constantes, o apoio no momento da queda dos cabelos, do emagrecimento ou nas mais diversas mudanças físicas, de humor e etc.
Enfim, é incontestável a importância e o protagonismo da família, durante o tratamento oncológico. As diferenças entre os que tem esse apoio e os que não tem é significativa, os rebatimentos são percebidos nas mais diversas áreas: social, física, psicológica, dentre outras.
Quando a ausência e o suporte familiar acontecem, é necessária uma intervenção constante e comprometida da equipe multidisciplinar, com o objetivo claro de fortalecer esses vínculos tão necessários.
Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP