O Parque das confusões
Suas diferentes cores indicam que tipo de habilidade Sonic terá: o amarelo faz com que ele vire uma furadeira gigante e acesse caminhos subterrâneos; o rosa o transforma em uma bola de espinhos que pode se fixar nas paredes e no teto; e o esverdeado (“teal” no original e traduzido ao pé da letra para “azul-petróleo”) faz com que Sonic se projete como um laser, abatendo qualquer inimigo pelo caminho e se locomovendo por prismas espalhados pelo cenário. Com esse reforço, o herói azulado desbravará os seis “planetas-atrações” para desmantelar os geradores escondidos de Eggman.
A jogabilidade de Sonic também é a mesma do Colors original. Nos deslocamos com velocidade pelos trajetos abertos, podendo atingir a velocidade máxima com o boost. Além disso, existem os trechos de plataforma, que são atravessados com pulos simples ou duplos. A única mecânica presente que envelheceu mal e merecia um ajuste é a de grudar nas paredes, a qual usamos para ascender por espaços estreitos. Seu uso é meio impreciso e por vezes irritante.
Também está presente o Game Land, local que traz uma espécie de pequenos desafios, como se Sonic controlasse a si mesmo em uma simulação virtual. São sete áreas, cada uma com três fases. Ao concluir todas as etapas de uma área, conseguimos uma esmeralda do caos, e reunir as sete nos permite realizar a transformação em Super Sonic. Para liberar cada etapa dessa simulação, devemos reunir os anéis vermelhos dos estágios principais, e ao atingir determinados números, recebemos um aviso de que uma nova simulação está disponível.
Um detalhe específico do Game Land é que no original, lançado para o Wii, era possível que o jogador usasse seu Mii personalizado nesse local específico. Como desta vez o remaster está disponível para outras plataformas, o avatar foi substituído por uma espécie de mini Sonic robotizado.
Não tão Ultimate
Entretanto, se as fases receberam esse tratamento especial, o mesmo não pode ser dito das animações. Mesmo contando com a dublagem característica dos personagens principais e uma série de piadas do Sonic que o classificam como o “tiozão do pavê dos games”, as cutscenes infelizmente não tiveram melhora alguma, ainda mantendo o aspecto das gerações (ultra)passadas.
Outro ponto curioso é a trilha sonora. Ela também foi remasterizada, mas seu uso é alternado com a original. Das seis fases de corrida de cada planeta, as três primeiras tocam a nova versão, enquanto as três últimas tocam a antiga. Isso acaba evidenciando que a antiga ainda continua superior em matéria de se adequar à vibe do jogo, por mais que os novos arranjos sejam interessantes. Não é possível nem fazer a escolha de qual versão será tocada.
Um novo Wisp também foi adicionado, o de cor jade. Sua primeira aparição foi em Team Sonic Racing (Multi) e ele transforma Sonic em um fantasminha que pode se deslocar por portais específicos e acessar áreas escondidas. É interessante, mas não tem um destaque tão grande quanto os já existentes.
Por fim, mais um adendo: a navegação pelo menu de customização, que reúne informações como o tempo de cada fase, quantas esmeraldas foram coletadas e uma galeria de sons e animações, dá uma engasgada sempre que trocamos de aba. Logo, isso desmotiva ainda mais o uso desse recurso.
Novas cores, mesmos sabores
Prós
- As fases ficaram com um belos visuais;
- Mesmo com seus 10 anos de vida, ainda se mostra um título muito bom;
- Alto fator replay;
- Adição do modo Boss Rush.
Contras
- As trilhas sonoras novas são boas, mas as antigas continuam melhores;
- Cutscenes não receberam melhora alguma;
- A jogabilidde tem pontos de imprecisão;
- Customização não é tão interessante;
- Menus com momentos de travamento;
- Quedas pontuais de frames.
Sonic Colors: Ultimate — PC/PS4/Switch/XBO — Nota: 7.5Versão utilizada para análise: PS4
Texto de Carlos França Jr.
Fonte: GameBlast