A sociedade patriarcal já ofuscou muitos talentos femininos no decorrer das décadas, por rejeição e discriminação, colocando sempre as mulheres em patamares inferiores aos dos homens na sociedade. No entanto, sempre houve àquelas que se rebelaram diante a esse sistema e tentaram com todas suas forças manter a igualdade perante à todos.
Entre essas determinadas mulheres, está a maestrina e musicista Willy Wolters, ou melhor, Antonia Brico, uma garota a frente de seu tempo que enfrentou os maiores dilemas em relação a posição feminina na década 1930, buscando conquistar seu maior anseio, e reger uma orquestra, ganhando notoriedade diante à tantos grandes nomes da área musical.
Essa história foi escrita pela holandesa Maria Peters, no livroAntonia: Uma Sinfonia, e agora chega ao streaming da Netflix em uma adaptação precisa, mostrando os percalços e batalhas de que a jovem aspirante a maestrina enfrentou para ganhar relevância e ter seu nome escrito juntos aos célebres músicos e maestros renomados ao redor do planeta.
Antonia buscou sua origem, lutou pelas diferenças de um amor impossível, e ainda, defrontou assédios e difamações de homens e mulheres que achavam que toda aquela performance não passava de um grande circo, mas que ficaram boquiabertos quando Brico subia ao palco, pegava sua batuta e comandava distintos músicos para uma plateia descrente e pessimista diante ao seu trabalho e sua dedicação árdua e coativa.
A essência singular de cumplicidade e relevância aos “inferiores” na sociedade, pode ser visto claramente na produção dirigida e roteirizada pela autora, mostrando o verdadeiro empoderamento feminino e engajamento de luta pela igualdade para ser quem você é, e não quem te impõe a ser.
Baseado em uma história real, o longa é estrelado por Christanne de Bruijn, Benjamin Wainwright e Scott Turner Schofield, que mostra de maneira delicada o quão as mulheres ainda têm muito a conquistar seu espaço na sociedade, lutando por seus direitos e aquiescência pela harmonia social entre homens e mulheres.