Conhecer a rede socioassistencial é fundamental. É, na verdade, o primeiro passo na busca por garantia de direitos. No cotidiano profissional do assistente social, é preciso não só conhecer, mas encaminhar e saber articular com essa rede socioassistencial. Formada por equipamentos que prestam apoio e atendimento integral ao cidadão, nas mais diversas políticas públicas, a saber: assistência social, saúde, previdência social, educação, habitação e transporte.
A Casa Durval Paiva é uma Organização não Governamental (ONG), voltada ao atendimento e acolhimento de crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas. Trata-se de uma organização do 3º setor, que é mantida pela sociedade civil. Assim, para oferecer um atendimento digno ao público, é necessária a articulação com as mais diversas políticas, já mencionadas, pois, as demandas são as mais diversas, não se tratando, apenas, do câncer e nem da relação saúde x doença. As mais diversas situações de vulnerabilidade social são enfrentadas, como negação de direitos.
Nesse momento, é preciso acionar a rede de proteção. Isso acontece nas mais variadas situações, como paciente (criança ou adolescente), que reside no interior e precisa vir para capital, para o tratamento oncológico, mas, não possui condições financeiras de custear o transporte. Paciente necessita de uma medicação, mas não pode comprar. Precisa acessar um benefício.
Nesses casos, o que fazer? Quando essas demandas chegam, as famílias são orientadas e encaminhadas a buscarem os equipamentos responsáveis por cada política pública. Em casos de acesso à transporte, medicamentos, suplementos, fraldas, cadeiras de rodas, órteses, dentre outras questões, são as respectivas secretarias municipais.
E quando esse direito é negado? É o momento de buscar os mecanismos de proteção e defesa, Conselho Tutelar e Defensorias Públicas.
No entanto, o que não pode haver é que essas famílias fiquem no meio do caminho, sem suporte, acolhimento e acesso aos direitos básicos, para um atendimento digno e de qualidade. Em suma, pode-se afirmar que sozinhos não fazemos nada, pois o trabalho do assistente social precisa ser articulado com os mais diversos setores e políticas públicas.