“Juro solenemente dizer a verdade, toda a verdade e nada além da verdade…”. Quem não se lembra de ter ouvido pelo menos uma parte desta afirmação em um filme ou nos noticiários, quando alguém é chamado para um depoimento? Em um processo de seleção, temos a entrevista com o candidato que é justamente um momento em que o entrevistador espera que o candidato passe apenas a verdade para cada pergunta. É compreensível que a situação possa deixar qualquer um tenso. Por isso, é fundamental que a síndrome de Pinóquio esteja do lado de fora da porta.
Quer saber o porquê? O professor universitário e gestor de carreiras, Ricardo Machado, explica que a mentira não é uma boa companhia. “Na entrevista com o profissional de RH, o candidato tenta se mostrar o melhor para a vaga de emprego que está concorrendo. Em teoria, basta ele responder a todas as dúvidas ou indagações do selecionador com a mais pura verdade. Acontece que alguns candidatos acabam caindo em ‘uma grande armadilha’ que é a mentira ou a tentativa de fugir de uma pergunta. Para a primeira ou segunda opção, o resultado acaba sendo o mesmo: candidato descartado”, alfineta Machado.
O gestor de carreiras destaca que o candidato deve entender que as perguntas feitas em uma entrevista de emprego, visam, entre alguns possíveis objetivos, confirmar algumas informações que o entrevistador já tenha percebido no currículo do candidato ou esclarecer alguns pontos ainda de dúvidas para o entrevistador. “Dizer a verdade é o caminho mais simples para uma maior chance de final feliz para o candidato. Até porque, ao contrário, ou seja, a mentira, é facilmente comprovada por quem está preparadíssimo para fazer as perguntas certas”, orienta Machado.
Portanto, em sua próxima entrevista de emprego, assim como em um depoimento, a sugestão do gestor de carreiras é simples. “Por mais que possa parecer fácil fugir por meio de uma mentira, mantenha o foco em seguir dizendo aquilo que vemos pela televisão: a verdade, somente a verdade e nada além da verdade”, finaliza Machado.