UFRN ultrapassa a marca de 100 mil testes da covid-19

Contribuindo com o enfrentamento da pandemia da covid-19, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) iniciou há um ano uma força-tarefa para auxiliar o estado na realização de testagem. Nesta terça-feira o Instituto de Medicina Tropical (IMT-UFRN) alcançou um total de 100.305 exames, sendo 92.180 somente do tipo RT-PCR (swab).

Entre as diversas ações desenvolvidas pela UFRN, a realização dos testes para diagnóstico da covid-19 é uma iniciativa que conta com o trabalho voluntário de servidores e estudantes de vários setores da Universidade, como o IMT, Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), Escola Multicampi de Ciências Médicas do RN (EMCM), Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa), além do apoio do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

Para o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, as ações desenvolvidas pela instituição reforçam a missão social das universidades públicas. “Reiteramos o compromisso da UFRN em apoiar nosso estado no enfrentamento da pandemia. Durante o último ano, diversas iniciativas foram realizadas em benefício da população. Isso é fruto da dedicação da comunidade universitária, que vem atuando de forma voluntária com espírito de solidariedade”, considera o gestor.

Na mesma perspectiva, a diretora do IMT-UFRN, Selma Maria Bezerra Jerônimo, considera que o esforço realizado nos últimos 12 meses é uma resposta da academia, que vem trabalhando de forma multidisciplinar. Um exemplo é a parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD), que criou um sistema de banco de dados para facilitar o acompanhamento das informações coletadas e para dar visibilidade rápida aos resultados dos testes laboratoriais. “Esse sistema foi rapidamente aprimorado e continua em modificação, permitindo que os serviços de saúde tenham os resultados em menos de 24 horas, chegando inclusive a serem liberados em menos de 10 horas. Com isso, o RN é um dos poucos estados onde o acesso aos resultados dos exames tem essa agilidade, principalmente, nos serviços públicos”, opina Selma Jerônimo.

Alerta

Sobre a situação atual, a pesquisadora alerta que estamos na pior fase da pandemia, com aumento substancial dos casos e a presença de variantes do vírus.

Fonte: IMT

Somente no IMT-UFRN, que realiza cerca de 20% do total de testes do estado, o prognóstico de Selma Jerônimo é ter em março um total de 7.200 novos casos de covid-19. Sendo assim, o diagnóstico preciso da doença é importante e continuará sendo essencial para testar as pessoas com suspeita da doença.

Esperança

“Eu acredito que, à medida que a vacinação for sendo realizada, com maior cobertura vacinal, deveremos observar uma redução de número de casos. Foi alvissareiro o aumento no número de vacinados na última semana e, se o calendário indicado pelo Ministério da Saúde for realizado, poderemos ter uma melhora da situação em meados deste ano”, analisa Selma.

Até que boa parte da população esteja vacinada, a contribuição das pessoas é fundamental para diminuir a transmissão do vírus. Então, permanece a orientação de seguir com os cuidados de prevenção (uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos). Ainda sobre as perspectivas futuras, a professora Selma analisa que “precisaremos reorganizar nosso mundo e melhorar o planejamento para enfrentar o inusitado, de modo a estarmos preparados com uma ciência forte e uma indústria pronta a se reinventar e a responder aos novos desafios”.

Imagens: Cícero Oliveira

Fonte: Agecom/UFRN

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