Memes sempre serão bem vindos. Sejam eles sobre autoridades, pessoas normais ou instituições, enfim, o humor deve ser sempre incentivado.
Nessa semana o assunto de polêmica que virou meme foram os 15 milhões de reais gastos pelo governo federal em leite condensado, junto com mais 1 bilhão e 800 mil reais em outros tipos de alimentos e bebidas, entre eles, carnes em geral, sucos, frutas, vinhos… sem deixar de lado os chicletes que “ajudam na higiene bucal e no treinamento dos pilotos da FAB”.
Muito se questiona se esses números fazem sentido ou não e o governo federal foi acusado de um monte de coisas, desde descaso, corrupção e desorganização, mas não estou aqui pra falar disso, até porque não fiz qualquer pesquisa comparativa sobre os gastos dos anos e governos anteriores. Deputados e senadores são muito, mas muito bem pagos para fazer isso, assim como jornalistas e repórteres (não tão bem pagos assim).
Esse pantim todo feito agora deveria ser feito em todos os anos e em todos os governos.
O que deveríamos estar nos perguntando é se faz sentido que esses gastos tenham esse tamanho e que tenham sido negligenciados por tanto tempo pela população e pela imprensa, além de políticos e tribunais controladores. Antes tarde do que nunca, e não importando qual o motivo do despertar, que a nossa imprensa, nossa população e os políticos estejam atentos a todos os gastos da esfera pública, afinal é sempre muito fácil esquecermos quem banca toda essa gastança.
Será que não ficou claro que, legal ou ilegalmente, e isso deve ser averiguado, desde os valores praticados às empresas participantes dessas compras, é a população trabalhadora, pagadora dos impostos mais caros do mundo, que banca vinhos, uvas passas, leites condensados e chicletes para toda uma engrenagem que consumiu 20% a mais em pleno ano de pandemia? Ano esse em que a população que banca essa gastança foi penalizada com perda de emprego e renda, enquanto nenhum centavo daqueles que são bancados foi reduzido.
Que essa algazarra sirva enfim para que entendamos que temos um Estado gigante, obeso e que suga nosso sangue e suor para que ele se mantenha vivo e com doces privilégios que os escravos dessa máquina nunca terão acesso.
Que continuem os memes, mas que a verdade prevaleça.
Eduardo Passaia
Turismólogo e liberal
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