Uma quadrilha de estelionatários está aplicando um velho golpe, eles criam contas falsas de hotéis e pousadas com o objetivo de roubar dados dos clientes e contas do Whatsapp (clonagem do celular).
O esquema não é nada complicado, ao criar as contas falsas, eles fazem promoções em nome do hotel, geralmente sorteando uma hospedagem ou um prêmio, e para poder participar eles pedem às vítimas que informem o nome e o número de celular. Esses dados é tudo que eles precisam para soltar a isca, pois a partir daí eles entram em contato de novo com a vítima, desta vez querendo o número de um código que, supostamente foi enviados por eles, e que seria para você participar da “promoção”.
Acontece que este número é um código de segurança enviado pelo próprio Whatsapp e, uma vez que os bandidos têm esse código em mãos, eles conseguem clonar o whatsapp da vítima, tendo acesso a todos os seus contatos e podendo se passar pela vítima, geralmente pedindo dinheiro ou empréstimo aos seus contatos. Muitos por acharem que estão conversando com a própria vítima repassam o dinheiro para os bandidos sem nem ter ideia do que realmente está acontecendo.
A equipe do JOL RN conversou com Augusto Rocha, um dos administradores dos hotéis que , também, acabam sendo vítimas desses estelionatários:
“É realmente lamentável o que vem ocorrendo. Os estelionatários estão por toda parte e vêm, cada vez mais, se dedicando a aplicar golpes virtuais.
O caso em questão – de criação de perfis “fakes” para aplicação de golpes – se aplica a tudo quanto é tipo de negócio. Em geral, pelo que temos conhecimento, os golpistas, depois de copiarem os perfis de estabelecimentos legítimos, envolvem suas vítimas com ofertas muito vantajosas ou então com o anúncio de “super” sorteios.”
Infelizmente, a velocidade com que são criados os tais perfis é altíssima, o que também torna impraticável que se leve, a todo instante, os casos às autoridades policiais. Apesar de sempre receptivas às demandas que lhe são postas, não possuem capacidade operacional para tratar de tudo e, consequentemente, há uma priorização, dando-se, evidentemente, atenção a crimes mais graves.
Há ainda a dificuldade técnica para enfrentar crimes praticados virtualmente. É evidente que a investigação e apuração do ilícito penal em âmbito virtual são possíveis. Entretanto, a polícia possui estrutura limitada para tanto, com poucos agentes especializados no assunto.
Desse modo, os autores desses delitos, de pequenos golpes virtuais, certamente têm convicção de que nada lhes passará. Devem sentir-se verdadeiramente imunes à lei.
“De modo a combater essa prática delituosa, quase que de mãos amarradas, constantemente fazemos alertas à nossos clientes, e ao público em geral, para que desconfiem sempre de ofertas extremamente baratas ou de sorteios suspeitos.
Por fim, nosso hotel está em busca de conseguir aqueles selos de autenticidade de perfil – os famosos selos azuis – para nos diferenciar ainda mais de eventuais perfis falsos e, com isso, ajudar a minimizar a ocorrência de fraudes, mas os tais selos são difíceis de se conseguir. E também seguimos na esperança de que as bigthecs melhorem seus meios de localizar e impedir a criação de perfis falsos, mas não temos visto medidas nesse sentido.” Alertou Augusto Rocha.
Para não cair nesse tipo de golpe sempre é bom olhar com desconfiança pra qualquer tipo de promoção feita nas redes sócias, verificar e pesquisar sobre a empresa que está fazendo a promoção e, se possível, entrar em contato com as verdadeiras empresas, para saber se eles estão realmente fazendo a promoção ou se trata de perfis fakes.
Além do mais nunca dê seus dados pessoais na menor das desconfianças e, acima de tudo, nunca repasse códigos recebidos por SMS que se refiram a sua conta do Whatsapp, porque, esse código é tudo que os bandidos precisam para aplicarem seus golpes. Uma vez que você descobrir que algum perfil desse é fake, denuncie nas redes sociais para que estes sejam bloqueados e avisem as autoridades imediatamente.