Mulher-Maravilha 1984, é a sequência do longa da maior super-heroína dos quadrinhos mundiais, que traz em sua trama ação, cumplicidade, amizade, e claro, muito amor, afinal só ele pode curar as dores enraizadas nos coraçõs mais aquebrantados e salvar a humanidade dos males que a assola e leva à todos a desunião, ao ódio e a ganância, colocada pela sociedade nas mentes humanas para ludibriar e saciar o poder inerente e pessoal em cada um.
No novo filme da heroína, mostra uma Diana Prince (Gal Gadot) mais próxima do mundo humano, mas nunca esquecendo das suas origens, anseios e objetivos em conquistar o que ela almeja e salvar a humanidade de todo o mal que o ronda e distancia da verdade e do amor.
Com inimigos marcantes e apresentados de maneira ímpar, como Maxwell Lord (Pedro Pascal), um magnata e empresário que quer a todo custo controlar e dominar o mundo e as pessoas que nele habita, e para isso não medirá forças para obter suas conquistas, fazendo com que se afaste de seus entes mais queridos e tenha êxito oportuno em seu status e poder, tendo assim a autoridade dos desejos mais intrínsecos de cada indivíduo, dando a ele a ilusão de que está ganhando, quando na verdade, visa uma auto-destruição coletiva, permeada de ódio, mágoa, ressentimento e soberba.
E do outro lado, temos a outra vilã, Doutora Barbara Ann Minerva (Kriten Wiig), uma cientista nada popular, que foca sua vida em seu trabalho e suas pesquisas, que seu maior anseio é ser tudo e mais um pouco o que a Diana é, mas o que ela não esperava, é que as obstinações particulares dentro de cada um de nós são distintas, e estes podem revelar uma nova personalidade que descaracteriza toda pureza e empatia que ela tinha, transformando-a em uma poderosa e implacável fera selvagem, e irá duelar frente a frente com a Mulher-Maravilha, e não irá abrandar deste domínio atribuío por seus desejos mais particulares.
E por falar em particular e desejos, Diana também têm os seus, e esses incluem ter de volta seu grande e maior amor, perdido no passado, o piloto Steve Trevor (Chris Pine), que por querer tanto que ele regresse, fará com que a heroína se enfraqueça pela afeição que ela sente, mas que para salvar a humanidade, terá que se libertar e deixar Trevor apenas guardado dentro de si, como uma linda lembrança de um carinho vultuoso e eloquente.
Uma trama envolvente e emocionante, que fará o público refletir e olhar para dentro de si e de suas atitudes, fazendo com que se observe ao seu redor e comece a enxergar o coração com compaixão ao seu semelhante, se entregando imensamente a quem te dedica e não apenas visando a autoridade e a posição social. Mostrando verdadeiramente que apenas o amor pode vencer qualquer batalha.
Além disso, todo o enceno é representado na década de 1980, com cores vibrantes, roupas extravagantes e uma moda peculiar e bastante exuberante, com estampas de bichos, acessórios demasiados, penteados exuberantes e suas referências oitentistas.
Em suma, Mulher-Maravilha 1984 é um filme apaixonante e fascinante, com direção da notável Patty Jenkins, que mais uma vez mostra que apenas o amor e conivência podem salvar as pessoas e a sociedade, em uma produção própria e significativa para este ano árduo e conflituoso na qual vivemos, com uma narrativa muito bem amarrada com toda representatividade característica da personagem.
Lúcio Amaral é jornalista e advogado pós-graduado em Direito e Processo Trabalhista. Certificado de Estudos Aprofundados em Psicanálise. Ganhador do II Prêmio de Rádio e Jornalismo em Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pelo MPT em 2008.