A esquerda, o corporativismo e uma das piores educações públicas do mundo!

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A guerra corporativista travada na educação brasileira é burra e quem sempre sai perdendo é o cidadão mais necessitado!

Burra porque traz pro dia a dia das pessoas todas as mazelas que uma guerra pode ter. Guerra essa que não leva em consideração as necessidades do povo, mas sim a autoproteção e autopreservação de uma instituição destroçada pelo monopólio estatal.

A Câmara dos Deputados aprovou e o Senado reprovou um destaque ao Novo FUNDEB que permite o repasse de até 10% (o que é muito pouco) para entidades privadas, entre elas escolas religiosas, filantrópicas e organizações sociais. Ora, ora, o que a esquerda resolveu gritar? “Estão desviando dinheiro público da educação pública para grandes empresários, fundos e conglomerados que tem como intuito privatizar toda a educação”. Obviamente, nada mais mentiroso.

Nem acredito que seja por maldade que parte da esquerda pensa assim, é muito mais total ignorância mesmo.
O problema da educação brasileira passa longe de ser apenas financeiro, mas muito mais de péssima gestão. Nas últimas duas décadas nosso orçamento para educação vem aumentando consideravelmente, porém isso não se reflete na melhoria do ensino. Quando comparamos o investimento brasileiro em educação pelo PIB a outros países, vemos que dinheiro não é o problema. O Brasil, em 2018, investia 6,3% do PIB em educação, enquanto Argentina e México, 5,3%; Chile, 4,8%; Colômbia, 4,7%; EUA, 5,4%. Cerca de 80% dos países gastam menos que o Brasil em educação.

Dito isso, o repasse de dinheiro do governo a entidades privadas escolares conveniadas acontece em vários países com ótimos resultados. Suécia, EUA, Chile, Colômbia, Portugal, Canadá, Nova Zelândia e muitos outros já o fazem, possibilitando que estudantes de baixa renda possam ter acesso ao mesmo nível de ensino de estudantes mais ricos, dividindo as mesmas escolas privadas. Travar esse tipo de possibilidade aqui no Brasil é condenar os mais pobres a uma eterna desigualdade de ensino entre esses e os alunos de melhores condições financeiras. Hoje, a educação pública é uma máquina de produzir desigualdades e quem continua a defender esse modelo, onde não se defende o estudante, mas sim uma instituição carcomida pela ineficiência e corrupção, está defendendo que os pobres continuem a ter seus sonhos de prosperidade esmagados por esse sistema.

“Imagina que a elite política e alguns intelectuais deixariam os mais pobres frequentarem a mesma escola de seus filhos? Muita hipocrisia e atraso”, escreveu o presidente do diretório municipal do Partido Novo de Florianópolis, Rafael Ary. Nada mais real e claro.

Fora o “apartheid” social proposto pela esquerda, negando igualdade aos mais pobres, não podemos esquecer do que escrevi lá em cima, o nítido corporativismo que conhecemos tão bem e explico por quê. Se o monopólio estatal da educação pública for quebrado e existir a concorrência pelas vagas dos alunos dessas escolas públicas, o abismo que todos sabemos existir entre o nível entre os dois mundos vai ficar muito mais aparente e a realidade da falência do ensino público virá à tona, gerando uma corrida às instituições conveniadas e não haverá qualquer sentido em gastar mais um único centavo na tentativa esdrúxula de recuperar algo morto. Restará apenas o óbvio: educação pública não pode ser estatal.

Eduardo Passaia

Turismólogo e liberal

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