Vacina da covid-19: quando os brasileiros serão imunizados?

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A notícia aguardada há meses no mundo todo foi confirmada: a aprovação de uma vacina contra um covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus . A partir de vários projetos promissores, desenvolvido em uma mobilização inédita de cientistas, os estudos americanos Pfizer e a alemã BioNtech resultaram em um imunizante liberado pelo Reino Unido . Foi o primeiro em um país ocidental. A vacinação começou na terça-feira por lá . Isso significa que há uma saída efetiva para o fim da pandemia.

Mas e agora? Quando será a vacinação no Brasil? Abaixo, as principais perguntas sobre o caminho da aprovação da vacina, passo que ainda falta ser dado para aquela picadinha da agulha deixar os brasileiros mais aliviados.

Quando começa a vacinação no Brasil?

A previsão inicial começa a vacinação em março. Em reunião com governadores na terça-feira, 8, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu começá-la no fim de fevereiro . Nessa quarta-feira, 9, Pazuello disse que as primeiras doses podem ser aplicadas em caráter emergencial em dezembro ou janeiro . Ele não marcou um dia específico.

Qual vacina será aplicada?

A vacina que será aplicada foi desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. Ela também será enviada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A população terá que pagar?

Não. A vacina será gratuita para todos através do Sistema Único de Saúde (SUS).

A aplicação das vacinas pode ser feita na rede privada?

A princípio, não. As filiais dos laboratórios e farmacêuticas estão restritas aos governos nacionais e estaduais. Walter Cintra, professor de Especialização em Administração Hospitalar e de Serviços e Sistemas de Saúde da FGV, lembra que estão estão sendo feitas em grandes escalas. “Quando o governo compra, o contrato se refere a milhões de doses. Não acredito que os laboratórios privados farão compras nessa quantidade ”, opina.

Como vacinas já estão aprovadas no Brasil?

Não. O Brasil ainda não tem uma aprovação aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Algumas farmacêuticas estão compartilhando resultados prévios para agilizar a análise de registro.

Quem será vacinado?

De acordo com o Ministério da Saúde, serão vacinados idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas.

Por que esses grupos serão imunizados em primeiro lugar?

O virologista Rômulo Neris, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a ideia mais difundida entre os especialistas no mundo é dar preferência aos interessados ​​que apresentam o risco elevado de contrair a covid-19 na hora da imunização. “O maior grupo de risco é o de idosos. Por isso, eles encabeçam a lista. Além disso, há que apresentar maior risco de exposição ao vírus e aos grupos de risco também deve ser vacinados. Isso inclui profissionais da saúde ”.

Como será a distribuição das vacinas?

A campanha de imunização será dividida em quatro etapas. Cada uma delas deve alcançar uma parcela dos brasileiros. Na primeira fase, o foco está nos trabalhadores da saúde, comunidades indígenas e população idosa com mais de 75 anos . Na segunda fase, o foco são os com idades entre 60 a 74 anos. Na etapa seguinte, como campanhas vão imunizar pessoas com comorbidades, essas com risco maior chance de complicações. Por exemplo, pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares. Na quarta fase, serão vacinados os professores, como opção de segurança e salvamento.

E quem não está dentro do grupo prioritário?

Ainda não há definição sobre a vacinação restante da população.

A vacina tem contra-indicações?

De acordo com a agência regulatória do Reino Unido, pessoas com histórico de reações alérgicas graves a medicamentos, vacinas ou alimentos não tomem a vacina por enquanto. O órgão investiga dois casos de reações alérgicas no Reino Unido.

A vacina demora quanto tempo para fazer efeito?

De acordo com a Pfizer / BioNTech , a única aprovada entre os países ocidentais, a redução de risco logo após a primeira dose, incluindo a contaminação grave. No caso da segunda dose, aplicada no intervalo de 21 dias, o risco de contaminação cai até sete dias depois.

Qual é a eficácia das vacinas?

A vacina de Oxford possui eficácia média de 70%, dado a partir de dois usos diferentes. No primeiro, os beneficiados receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa. Nesse grupo, a eficácia foi de 90%. O segundo grupo padrão duas doses completas. Aqui, a eficácia foi de 62%. Uma Pfizer relacionada a 95% de eficácia do produto em testes. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira, 10 . A Coronavac divulgará os dados na semana que vem. Em novembro, um estudo publicado na revista científica Lancet Infectious Diseasesinformou que ela produz resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. A vacina da farmacêutica AstraZeneca e da Universidade de Oxford com eficácia de 70%, segundo estudo da revista Lancet . Moderna e Sputnik V anunciaram dados de 94% e 92%, respectivamente.

Quantas vacinas o Brasil já tem?

Cerca de 300 milhões de doses estão garantidas para 2021, de acordo com o governo federal. Cada indivíduo toma duas doses. Isso significa que existem vacinas para 150 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde assinou uma carta de intenção, como uma promessa de compra, para mais 70 milhões de doses .

Essa quantidade é suficiente?

Para o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, os números são razoáveis. “São números razoáveis, mas me preocupa não ter nenhuma indicação sobre a Coronavac , que está pronta, e também nada sobre a vacina da Moderna . Quantitativamente os números adequados, mas, na prática, eu não sei quando essas vacinas estariam disponíveis para uma população brasileira, que é o que mais importa ”, alerta o pesquisador.

Quais são essas vacinas?

Existem acordos com o laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford para 260 milhões de doses. Outras 42 milhões chegarão do consórcio mundial Covax Facility – a vacina não está definida. As outras 70 milhões são americana Pfizer .

Quando elas começarem a chegar?

Quinze milhões dessas doses começam a chegar em janeiro. As primeiras 8,5 milhões de doses da Pfizer devem chegar ao País no primeiro semestre.

Quando começa a vacinação em São Paulo?

De acordo com o governador João Doria, a vacinação terá início em 25 de janeiro no Estado de São Paulo . A vacina usada na campanha paulista será a Coronavac , do laboratório chinês Sinovac e que será usado pelo Instituto Butantã.

Como dados de vacinação serão diferentes em São Paulo e no Brasil?

Por enquanto, sim. Os cronogramas são diferentes. Mas isso deve mudar. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que “o PNI (Plano Nacional de Imunização) é nacional. Não pode ser paralelo ”. O PNI é o programa que reúne todas as vacinas no País.

Quem é de outro Estado vai poder tomar a Coronavac em São Paulo?

O governo de São Paulo disse que não será necessário comprovar residência no Estado para tomar a vacina. Por outro lado, os gestores não explicaram o que vão fazer se o Estado receber muita gente de outras cidades num movimento que já está sendo chamado de “turismo de vacina”

Onde será possível se vacinar?

Nos postos de vacinação. O governo de SP, em parceria com 645 municípios do Estado, irá ampliar de 5.200 para 10 mil o número de locais para uma população se imunize. Para tanto, serão implantadas estratégias especiais de vacinação incluindo quartéis da Polícia Militar, farmácias credenciadas, escolas aos finais de semana, terminais de ônibus e também por drive thru.

Qual será o horário nos postos de vacinação?

De segunda a sexta-feira, das 7h às 22h. Aos fins de semana, das 7h às 17h30. Este pode ser estendido também até as 22h caso seja necessário.

Como será a logística de vacinação?

A campanha contará com 54 mil profissionais de saúde e 25 mil agentes de segurança enquanto durar o período de vacinação.

Qual grupo será vacinado na primeira fase?

A partir do dia 8 de fevereiro, serão imunizados os idosos com 75 anos ou mais. Na semana seguinte, a partir do dia 15 de fevereiro, será a vez dos idosos entre 70 a 74 anos. A partir de 22 de fevereiro, você receberá uma imunização a faixa etária de 65 a 69 anos. Por fim, no dia 1º março, começarão a ser vacinados os indivíduos de 60 a 64 anos. Nenhum grupo de idosos será 7,5 milhões de imunizados. Doria não informou como será a vacinação dos demais grupos de risco da covid-19, como portadores de doenças crônicas.

São Paulo terá quantas vacinas?

O governo fechou um acordo com a chinesa Sinovac para 46 milhões de doses. Seis milhões vão chegar prontas da China. O restante será produzido pelo Instituto Butantã. Depois, devem chegar 15 milhões de doses até março. O governo estadual promete disponibilizar 4 milhões para outros Estados.

Qual é o cronograma de vacinação?

vacinação será realizada entre os dias 25 de janeiro a 28 de março com a aplicação de 18 milhões de doses. Serão aplicadas duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda. O cronograma de vacinação é o seguinte:

1ª dose

2ª dose

 

Fonte: Estadão

Imagem: Ministério da Saúde

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