Os bancos de leite humano do Rio Grande do Norte estão com baixos estoques, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública. A Maternidade Escola Januário Cicco e o Banco de Leite Humano do Hospital da Polícia Militar, ambos em Natal, e o Banco de Leite Humano de Mossoró são os que registram menores estoques.
O apelo é para que as mães que estão amamentando e têm condições de fazer a doação do leite materno, essencial para a recuperação de bebês prematuros.
Angélica Domingos, da equipe técnica da saúde da criança e aleitamento materno da Sesap, explica que “a doação também é um problema sazonal” e que “em períodos de férias, final de ano há diminuição nas doações”.
“Esse ano, por conta da pandemia, a queda foi maior. O isolamento social fez com que as mulheres que estavam doando deixassem de doar como forma de evitar o contato com a profissional do Banco de Leite”, explicou a profissional.
Os bancos de leite – há seis unidades no Rio Grande do Norte – são responsáveis pelo processamento do leite doado e distribuição às maternidades. Eles estão localizados em Natal, Parnamirim, Mossoró e Caicó, e contam com com profissionais capacitados para receber as mães doadoras com total segurança sanitária, além de orientar quanto à forma correta de posicionar o bebê na amamentação e procedimento correto para coletar o leite doado.
O estado também tem quatro postos de coleta — em Natal, Mossoró e Santa Cruz —, que recebem as doações, armazenam e enviam aos bancos para o processamento.
Na Maternidade Escola Januário Cicco, a coordenadora do banco de leite, Ana Zélia Pristo, destaca que o esforço é constante para que não haja falta de leite. “Diante da pandemia vivida esse ano, no início as pessoas ficaram receosas, mas depois fomos esclarecendo que tudo é feito com todo o rigor técnico dos protocolos que foram incrementados para dar maior segurança às doadoras. Foi um desafio que conseguimos enfrentar”.
Fonte: G1 RN
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