“Oktoberfest: Sangue e Cerveja” – Um drama de conflitos árduos e paixões arrebatadoras

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No início do século 20, a grande celebração alemã que acontece em Outubro, a Oktoberfest, ganhou novos ares e grandes estandes, para que os cervejeiros pudessem ampliar seus negócios e também, monopolizá-los às gigantes companhias.

Em Oktoberfest – Sangue e Cerveja, o empresário e cervejeiro Curt Prank, é um desses empreendedores, com uma ambição inusitada e o ensejo em conquistar os alemães na maior festa da cerveja de Munique, ele dedicou sua vida para vencer seu sonho.

Nascido em Berlim, se mudou para Munique, ainda criança, seu pai – também cervejeiro -, que queria apenas uma tenda dentro da festividade, para expor seu produto por lá, porém o controle e a máfia que por trás nas decisões da cerveja no país são rígidos e ríspido, não aceitando a presença do pai de Curt no festival, e ainda, o matando de maneira brutal e cruel à sua frente.

Mas, Prank cresceu e virou um milionário no setor cervejeiro, e por fim, poderia idealizar o desejo de seu pai. Porém, ele não queria apenas uma tenda, e sim, a maior do festival, e para isso, teria que “matar” pequenas fábricas e conquistar seu espaço, e quando digo “matar”, ora é literalmente, pois algumas cervejarias eram contra esse monopólio que ele almejava, tal como a Devil’s Brew, da família Hoflinger, que perdeu seu patriarca e adentrou numa luta sangrenta com o empresário.

Todavia, o que eles não esperavam era de que com o retorno de Clara, filha de Curt, a Munique, iria se apaixonar perdidamente pelo primogênito dos Hoflinger, Ramon, e assim, uma batalha ainda mais árdua e ferrenha estava prestes a iniciar, por poder, astúcia e orgulho, ainda mais quando a jovem Prank foi ofertada para um dos magnatas da cerveja na Alemanha, Anatol Stifter, em troca de status e comando. Mas já era tarde demais, pois a paixão de Roman e Clara tinha gerado um fruto, o que fez com que o conflito se tornasse ainda mais impiedoso, já que sua mãe, Maria Hoflinger, estava decidida a destruir a reputação dos Prank.

No entanto, os Prank já eram grandes e tinham acordos poderosos, que acabou afetando diretamente na cervejaria da família e na vida pessoal dos Hoflinger, trazendo repúdio, dor e sofrimento, chegando a loucura e a morte horrenda e inclemente. Enquanto Clara e Roman, fugiam para o interior de Munique.

Já na cidade, uma revolução feminina acontecia em pleno festival, liderado por Colina Kandl, que ordena que o aumento da cerveja não deveria tirar o “salário” das garçonetes das tavernas, e convulsiona à todos que tenham um pagamento integral e justo durante a Oktoberfest, fechando acordo direto Stifter, que posteriormente será desmascarado por fraudar a própria mercadoria, resultando na expulsão da associação dos produtores de cerveja na Alemanha, colocando à mostra o quão baixo e lascivo se faz para chegar no topo.

A trama da minissérie, de seis episódios, traz uma drama baseado numa história real, a do cervejeiro Georg Lang (Crocodilo Georg), com algumas partes ficcionais, que apresenta a inovação e modernização do maior festival de cerveja do mundo, com paixões, tensões, empoderamento e sexualidade discutida no início do século passado, mostrando como o poder e a ganância estarão sempre à frente de qualquer anseio interior, mas que o verdadeiro e significante essência, nunca morre e vive para sempre dentro de cada um de nós, mesmo que tentamos fugir das nossas origens, o nosso âmago em conquistar e dominar o que se aspira, é infindável.

A primeira temporada encontra-se disponível no streaming da Netflix, dirigido por Ronny Schalk e Christian Limmer, a série traz um drama perverso que coloca em risco o futuro de ambas as famílias, e uma contemporaneidade dando indícios de como  é hoje a Oktoberfest.

Fonte: O Barquinho Cultural

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