Nomeado para presidir a Fundação Palmares, o jornalista Sérgio Camargo já havia dito na época de sua posse que “não dará suporte algum” para o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Segundo ele, a sua gestão trabalhará para “revalorizar” a princesa Isabel e o dia 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão.
“No que depender de mim, a Fundação Palmares não dará suporte algum a essa data (Dia da Consciência Negra). Vamos revalorizar o dia 13 de Maio e o papel da princesa Isabel na libertação dos negros”, afirmou Camargo, após uma reunião na época com o presidente Jair Bolsonaro.
Entre outros disparates sem qualquer fundamento histórico, o presidente da fundação já afirmou nas redes sociais que “a escravidão foi benéfica” e que “o Brasil tem um “racismo nutella”.
Em relação ao Mês da Consciência Negra, a Fundação Palmares abriu apenas um edital em 2020 e não terá atividades de comemoração. O único edital no ano será um prêmio de R$ 690 mil para cem iniciativas da cultura afro-brasileira.
Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação por Marivaldo Pereira, militante do movimento negro.
Fonte: O Estado de Minas / Alagoas 24 horas
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