Oscar: como irão funcionar as novas regras de inclusão?

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Não é de hoje que o Oscar sofre críticas devido à falta de diversidade em suas premiações. Em 2016, a campanha #OscarsSoWhite (“Oscar Tão Branco”) ganhou força após nenhum ator ou atriz negro(a) ou latino(a) ser indicado às principais categorias. Desde então, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Ampas, na sigla em inglês) têm revisto seus conceitos para tornar a cerimônia mais inclusiva.

Um novo passo foi dado na última terça-feira (8), quando foram publicadas as novas regras de representação e inclusão que as produções terão que seguir para concorrer ao prêmio de Melhor Filme a partir de 2024.

Novas regras de inclusão

Para começar, é importante ressaltar que o filme deverá atender a, no mínimo, dois dos quatro padrões para participar da competição. Todas essas diretrizes envolvem grupos sub-representados, como mulheres, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas e grupos étnicos (asiáticos, latino-americanos, negros, indígenas, havaianos, pessoas do Oriente Médio, norte da África, entre outros).

O primeiro padrão, chamado de padrão A, abrange três critérios. Para se encaixar no primeiro critério, pelo menos um dos atores principais ou coadjuvantes relevantes devem se encaixar em algum grupo étnico sub-representado. No segundo critério, 30% do elenco secundário, no mínimo, deve se encaixar em dois dos grupos sub-representados. Já no terceiro, o tema principal do filme deve se centrar em um desses grupos.

Mas vale dizer: basta cumprir apenas um dos critérios para que o filme se enquadre no padrão A.

O padrão B é mais relacionado com quem está por trás das câmeras. Ele também conta com três critérios – assim como o A, só é necessário cumprir apenas um deles. O primeiro critério diz respeito aos líderes criativos e chefes de departamento, desde diretores, editores e produtor até figurinistas, maquiadores e cenógrafos. Para validá-lo, deve-se ter, pelo menos, dois profissionais de grupos sub-representados.

Para o segundo critério, ao menos seis cargos técnicos, como o de supervisor de script, devem ser preenchidos por alguém que pertença a esses grupos. No terceiro, 30% da equipe, no mínimo, deve atender a esse requisito.

No padrão C, uma diferença: os dois critérios devem ser necessariamente seguidos. O estúdio precisa oferecer oportunidades de estágio remunerado à pessoas de grupos sub-representados e deve disponibilizar oportunidades de treinamento e capacitação para este mesmo público.

Fonte: Revista Superinteressante

Imagem: Bill Eppridge/Getty Images

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