Escritos da Alma

Nada de achar que está tudo em seu devido lugar - Fotos: #fláviorezende

Num domingo de agosto, mês que gosto e que historicamente tenho vitórias e conquistas – desafiando a pecha de negativo, mantenho tradição de acordar cedo, fumego café, imprenso trigo na chapa quente, obtendo desjejum agradável e, decidindo não curtir praia, fico em casa para ver Mengão na TV.

No conforto do sofá, com pet vigilante querendo algo diferente para beliscar, adentro mídias sociais, vejo o jogo num empate com o Fogão e, na varanda, dum décimo andar do Alto da Candelária, reflito que na vida, nada é araldite, super-bond, m3.

Na reflexão de que a experiência material num corpo espiritual, revela uma série de mudanças, variações, novas configurações, vou pensando que no planeta já tivemos fascistas, comunistas, democratas, preconceituosos, humanistas, santos, diabólicos, gênios, medíocres, pacifistas, e até doidos por confusão.

Já passamos pelas cavernas, castelos, vírus, vacinas, mercenários, heróis, empreendedores, políticos, artistas, liberais, machistas, reformadores e até iluministas.

Pessoalmente já experimentei diversas fases, vegetariano, comunista, esquerdista, liberal, hoje porra nenhuma.

A observação dominical, vendo a glória do Mengão fraquejar, as promessas de 38 mudar, padres roubando, políticos mentindo, empresários se corrompendo, jornalistas se vendendo, pessoas sendo atacadas por serem independentes, tenhamos então a certeza que a única coisa que não muda, é que tudo muda.

Nada de achar que está tudo em seu devido lugar – Fotos: #fláviorezende

Mudamos sempre, quando jovens pensamos de uma forma, depois de outra, como candidatos, depois como eleitos, como filhos, em seguida como pais, sigamos então na vida buscando incorporar o amor, pois só ele abarca a percepção de que havendo naturalmente mudanças, devemos respeitar, orientar com carinho, e dar nossa opinião com essa visão mais abrangente, afinal o que hoje tanto atacamos, amanhã mesmo pode se apresentar para nós, de outra forma.

Enfim, viver, mas estar sempre cheio de amor, disposição para mudar, se posicionar ao lado das coisas certas, mesmo que diferentes do que ontem pregamos, a idade serve para depurar, ponderar, avaliar, pesar, ver o melhor lugar para estar.

E para os novos, sem muita experiência, essa estrada que percorremos, desde que sem radicalismo ou adesão cega, poderá servir como bússola.

Luzzzzz.

Flávio Rezende aos vinte e três dias, oitavo mês, ano dois mil e vinte. 13h38. Alto da Candelária.

Nada de achar que está tudo em seu devido lugar – Fotos: #fláviorezende

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Crédito das Fotos: Arquivo Pessoal

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