O Maralto, a Concha e o Continente estavam em pleno conflito, de poder, status e ganância, onde apenas deixando tudo isso de lado e colocasse o diálogo frente de tudo, poderia resolver e eliminar os males que viriam a seguir, porém, o ser humano é falho, cheio de erros e lutas que guardam dentro de si mesmo.
A quarta temporada de 3% chega ao final, mostrando as nuances de um sistema que visa apenas uma porcentagem, em que coloca a guerra como solução de qualquer problema, e extermina seus semelhantes apenas por não pertencerem a mesma classe hierárquica do que eles, trazendo a cena uma realidade árdua e catastrófica para a sociedade, em que a humanidade se divide para abater a si mesmos. Em uma luta sem resoluções, apenas visando o ódio, os privilégios e as circunstâncias esféricas de uma parte da comunidade, que se julga maiorais e esquecem que a igualdade e equidade é um direito de todos, mesmo que julgam ao contrário.
Neste ano de 3%, algo é apresentado, batalhas árduas e sangrentas são estipuladas, divisões são extintas, para que apenas uma voz seja relevante, enquanto os outros abaixam as cabeças e obedecem superiores brutais e violentos, que passam por cima de qualquer indivíduo para ter suas decisões no topo social.
Talvez esse final, seja um escancaro de toda a sociedade que vivemos hoje em dia, em que poucos tem muito e muitos, não tem nada, mas vivem em uma ilusão de que quem está lá em cima, se preocupa com eles, quando na verdade, ninguém a não ser nós mesmo, somos por nós, e enquanto batermos palmas para quem nos domina, a união e a conciliação nunca será possível de atingir.
Todas as temporadas de 3% encontram-se disponíveis no catálogo de streaming da Netflix.
Fonte: O Barquinho Cultural